sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Palavra de Deus como meio de purificação para os jovens

Publicado em: 30/12/2011
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudoparaafamilia.blogspot.com




Vivemos tempos difíceis para os jovens. As solicitações à sua generosidade são múltiplas; as escolhas, diversas e complicadas; os estudos, dúbios e com mensagens subjacentes; a maldade e a iniqüidade têm-se multiplicado; a violência, é um facto terrível e amplamente difundida; a situação é calamitosa.

Afinal de contas como deva ser o comportamento do jovem cristão?

Vejamos alguns aspectos que devem ser observados pelos servos em sua juventude:

1) Viver em Santidade:

“Como pode um jovem conservar pura a sua vida? É só obedecer aos teus mandamentos.” (Sl 119.9)

Isto implica em guardar os preceitos de Deus a todo instante. Devemos ser continuamente santos:

a) Sendo Nova Criatura:

"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." (2Co 5.17)

b) Em oração:

"Orai, para que não entreis em tentação."( Lc 22.40);

"Orai sem cessar." (1Ts 5.17);

"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo." (Tg 5.16)

c) Em Jejuns:

"Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.

Com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará."( Mt 6.16,18);

d) Em Louvor:

"Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas."( Sl 9.1);

"Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem." (Rm 15.11)

e) Sendo bom:

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia."( Mt 5.7)

f) Sendo humildes:

"Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus."(Mt 5.3)

g) Honrando os pais:

"Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá." (Ex 20.12 ;Pv 30.17; 6.20; Mt 15.4)


2) Possuindo Auto-Controle e Paciência:

“E é bom que as pessoas aprendam a sofrer com paciência desde a sua juventude.”( Lm 3.27)

A necessidade de vida santa num mundo impuro exige que tenhamos força e paciência o suficiente para não pecarmos, quando:

a) Afligidos:

"Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."( Jo 16.33)

b) Perseguidos:

"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós." (Mt 5.10,11)

c) Difamados:

"Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão."( 1Pe 4.4)

3) Exemplo e Padrão na sociedade:

“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, para os que crêem , seja exemplo na conversa, na conduta, no amor, na fé e pureza.”( 1Tm 4.12)

Em nosso viver, devemos permitir que as pessoas que nos cercam vejam em nós a presença de Cristo Jesus, é preciso refletirmos a Sua luz:

a) Na escola / Amigos:

"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus"( Tt 2.11-13)

b) No falar:

"... No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito." (Tt 2.7,8);

"Não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens...Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis."( Tt 3.2,9)

c) No trabalho:

"Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador." (Tt 2.9,10)

d) No namoro:

"Nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria." Dt 7.3,4; "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?"( 2Co 6.14)

e) Obedientes:

"Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra," (Tt 3.1);

"... e tornares ao SENHOR, teu Deus, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma, e deres ouvidos à sua voz, segundo tudo o que hoje te ordeno..." (Dt 30.2)

"Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo."( Ef 6.1);

"Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço." (Pv 1.8,9);

"Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao pescoço." (Pv 6.20);

f) Vitoriosos:

"Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno."( 1 Jo 2.13,14)

g) Tementes a Deus:

"Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei e não te associes com os revoltosos."(Pv 24.21)

h) Honrando os idosos:

"Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça." (1Pe 5.5)

d) Não serão isentados do pecado:

“Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre-se de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer.” (Ec 11.9)

Nestas palavras o Senhor concede plena liberdade ao jovem, ele pode fazer o que bem quiser: beber e todas a demais formas de vícios; freqüentar festas; manter relações sexuais; namoros impuros; mentir; usar a Internet de forma ímpia; praticar obras da carne (Gl 5.19-21; Cl 3.5,6).

Mas, o Senhor adverte, todos serão julgados segundo as suas obras.

e) Os jovens que vivem em pecado:

“O Salário (recompensa) do pecado é a morte...” (Rm 6.23)

O Pecado afasta por completo o homem do Deus vivo, e as conseqüências de uma vida pecaminosa são terríveis:

a) Pobre:

"Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá."( Pv 21.17)

b) Sem frutos:

"A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer." (Lc 8.14)

c) Presunçosos:

" Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te." (Lc 12.19)

d) Mortos espiritualmente:

"... a que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morto." (1Tm 5.6)

e) Imundos:

"recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco;" (2Pe 2.13 )

f) Jovens Cheios do Espírito:

A Bíblia traz o relato de inúmeros jovens que foram exemplos, padrões para seus dias.

O jovem precisa ser segundo o coração do Senhor a exemplo destes:

a) Samuel:

"Mas o jovem Samuel crescia em estatura e no favor do SENHOR e dos homens." (1Sm 2.26)

b) Davi:

"Porém Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade. Disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu.

Então, disse Saul a Davi: Vai-te, e o SENHOR seja contigo." (1Sm 17.33,37)

c) Joás:

"Tinha Joás sete anos de idade quando começou a reinar e quarenta anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba. Fez Joás o que era reto perante o SENHOR todos os dias do sacerdote Joiada." (2Cr 24.1,2)

d) Josias:

"Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém. Fez o que era reto perante o SENHOR, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda.

Porque, no oitavo ano de seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e, no duodécimo ano, começou a purificar a Judá e a Jerusalém dos altos, dos postes-ídolos e das imagens de escultura e de fundição." (2Cr 34.1-3)

e) Timóteo:

"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus." (2Tm 3.14,15)

f) Jesus (era totalmente humano):

"Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (Lc 2.49)

g) Jovens que deram lugar ao diabo:

Há também exemplos de jovens que foram ímpios, que viveram no pecado e receberam o castigo devido.

Estes foram contrários à vontade do Senhor e receberam em suas vidas o devido castigo:

a) Caim:

"Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou... És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão." (Gn 4.8)

b) Esaú:

"Então, disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura." (Gn 25.33,34)

c) Filhos de Eli:

"Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o SENHOR." (1Sm 2.12)

d) Filhos de Samuel:

"Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e aceitaram subornos, e perverteram o direito." (1Sm 8.3)

e) Absalão:

"Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel."( 2Sm 15.6)

f) Filho Pródigo:

"Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente." (Lc 15.13)

“Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de belial, e não se importavam com o Senhor.”( 1 Sm 2.12)

Muitos têm vivido à semelhança dos filhos de Eli, desprovidos de qualquer compromisso com o Senhor, mesmo sendo membros e freqüentando assiduamente a igreja, alguns até envolvidos com as sociedades internas, em ministérios diversos e visto pelos homens como “bons crentes”.

Mas, são considerados pelo Senhor como imundos e o que fazem não sobe como sacrifício agradável a Deus.

O pecado é incompatível com a vida de santidade!

“Mas o jovem Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens.” ( 1 Sm 2.26).

Jovens semelhantes a Samuel são agradáveis aos olhos do Senhor. São vidas que dizem não aos apelos deste mundo corrompido pelo pecado, jovens que se levantam contra as paixões imundas, os namoros impuros, e afastam-se de todas as formas de práticas contrárias à vontade do Eterno.

Estes serão amados e chamados de: “Jovem segundo o meu coração” pelo Senhor.

Jovens, diz o Senhor:

“Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?”( Pv 20.24)

Sejam santos e sensíveis à direção do Espírito de Deus e alcançarão a vitória.

Haverá solução? Teremos uma juventude capaz de se emancipar para a feitura do bem? Teremos futuro ou tudo isto cairá no caos, na desordem e na destruição total?

O salmista interrogava-se: - "Como purificará o jovem os seus caminhos?" - e respondia, com convicção: - "observando-os conforme a Tua PALAVRA!"

Andar segundo os ensinos da Palavra é renunciar à maldade, à devassidão, à violência, ao embuste e à mentira, à ganância, ao consumismo desregrado, à vida ímpia, etc.. Andar segundo a Palavra é estar na luz, como Ele na luz está, é ter comunhão com Ele e uns com os outros, de maneira que o amor a Deus e ao próximo seja uma máxima a viver em cada dia.

Porque o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé: Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Mancebos, escrevo-vos porque já vencestes o maligno e porque pelo Seu Nome vos são perdoados os pecados" (I Jo 5:4-5; 1:12-13b)

Vamos abordar alguns fatos da vida do jovem Daniel que servirão como exemplo para o cristão.

Desde muito moço ele propôs em seu coração não se contaminar com as coisas mundanas e obedecer a Deus, sendo fiel aos seus preceitos. Isso, ele conseguiu, mesmo vivendo longe do lar, em uma terra estranha, em meio a um povo idólatra, porque manteve uma perfeita comunhão com o Senhor seu Deus.

Veja agora a importância da Palavra de Deus:

Disse-nos Jesus: Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. (Jo 4:14)

È exatamente essa água que uma vez jorrando no nosso interior fará com que toda a fonte de água suja que é manifestada através das obras da carne, a saber: Prostituição; impureza; lascívia; idolatria; feitiçaria; inimizade; porfias; emulações; iras; pelejas; dissensões; heresias; homicídios; inveja;

bebedice e glutonaria (GL 5: 19-21) esgote-se, jorrando assim por sua vez a água limpa que é a palavra manifestada através dos frutos do Espírito Santo que são: Amor; alegria; paz; longanimidade; benignidade; bondade; fé; mansidão e temperança (GL 5:22)

E perseverando nisto viveremos todas as promessas conquistadas por Cristo no Gólgota, onde destacamos pelo menos duas principais:

A presente: Pois será como a arvore plantada junto a ribeiros de água, a qual dá o seu fruto na estação própria, cuja folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará (SL 1: 3-5)

A futura: O que vencer será vestido de vestes brancas e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida e confessarei o seu nome diante de meu pai e diante dos seus anjos (Ap 3:5) e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:10)

Veja quais são os efeitos da Palavra de Deus na vida do crente:

1. Mostra-nos a Vontade de Deus

2. Aproxima-nos de Deus

3. Faz crescer e frutificar

4. Cura-nos

5. Dá-nos fé

6. Dá-nos prazer

7. Dá-nos paz

8. Dá-nos força

9. Dá Sabedoria e entendimento

10. Leva-nos a alturas até aqui inatingíveis

11. Faz-nos felizes

12. Traz sucesso

13. Dá grande recompensa

14. Liberta

15. Limpa

16. Purifica

17. Transforma a nossa mente

18. Separa-nos do mundo

19. Guarda-nos

20. Admoesta-nos

21. É a nossa arma

22. É um bisturi

23. É Fogo

24. É um martelo

25. É eficaz

26. É uma lâmpada (guia-nos)

27. Ensina-nos o que é certo e errado

28. Faz-nos achar o bem

29. Dá-nos a vitória

30. Alimenta-nos

31. Livra do mau caminho

32. Mostra-nos o caminho certo:

33. Impede que resvalemos

34. Dá-nos saúde

35. Dá-nos um sono suave

36. É doce

37. Vale mais do que o ouro

38. Dá Vida

Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará (Sl 1:2,3).

Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra (119:107)

Os jovens cristãos de hoje devem tornar a Bíblia como seu modelo de vida. São muitas as tentações que Satanás coloca em nossa frente, que eu poderia citar uma lista, e dentre as tentações e pecados mais conhecidos, que todo mundo conhece, estão: sexo, pornografia, drogas, más companhias/amizades...

Como não pecar diante de tantas tentações? Muitos declaram
A resposta para isso está no verso 11:

Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.

Muitos jovens cristãos pecam por não tornar a Bíblia como seu modelo de vida, por não guardar as Palavras de Vida Eterna. É possível para o jovem a vida de santidade! Não sou eu que estou dizendo, é a Bíblia!

Muitos detestam ler Salmos 119, por ser "grande demais"... mas se esquecem que é um capítulo maravilhoso, onde o salmista declara:

O seu amor e sua fidelidade pela Palavra e pelos princípios de Deus (v 30, 47-48, 77,97, 113, 127, 140, 159, 163, 167)

A necessidade de se guardar os mandamentos de Deus (v 1-5)

E nesse capítulo maravilhoso da Bíblia é mostrado:

1) Que a palavra de Deus faz muitas maravilhas por nós:

A. A palavra remove toda confusão de nossa vida (v 5-6)

B. A palavra nos livra do pecado (v 9-11, 133, 165)

C. A palavra é mais valiosa do que ouro ou prata (v 14, 72, 127)

D. A palavra remove todo opróbrio e vergonha (v 22, 31, 39, 80)

E. A palavra nos protege de acusações de pessoas "grandes" da sociedade (v 23, 42, 46, 69-70, 161)

F. A palavra nos aconselha (v 24)

G. A palavra é fundamental para a vida (v 25, 93)

H. A palavra tira toda tristeza (v 28)

I. A palavra tira toda falsidade (v 29, 104, 128)

J. A palavra nos protege da cobiça (v 36)

L. A palavra nos protege da pornografia (v 37)

M. A palavra nos trás salvação espiritual (v 41, 166)

N . A palavra nos trás liberdade (v 44-45)

O. A palavra nos consola na angústia (v 50, 92, 143)

P. A palavra nos trás segurança e proteção contra a violência (v 54-56, 61-64, 84-88, 94-96, 109-110, 114-123, 134, 150-152, 157, 173)

Q. A palavra nos faz mais sábios (e espertos) do que nossos inimigos (v 98-104)

R. A palavra nos ilumina (v 105, 130)

S. A palavra tira toda aflição (v 107, 153)

T. A palavra nos trás paz (v 165)

2) Os que amam a palavra de Deus (e a pratica) têm autoridade para clamar ao Senhor por todo tipo de livramento, e o Senhor responderá:

A. Livramento das acusações dos ímpios

B. Livramento de perseguição física, moral e espiritual

C. Livramento das tribulações e aflições emocionais

D. Livramento das tentações sexuais e morais

E. Livramento da vergonha moral e social

F. Aqueles que amam a palavra verdadeiramente e não se desviam nem para a direita nem para a esquerda têm a mão de Deus estendida de dia e noite sobre ele.

3) Os mandamentos do Senhor são fiéis, são justos e verdadeiros, e duram para sempre (v 160)

Por isso devemos amar a Bíblia, devemos viver a Bíblia, a Bíblia é o nosso modelo de vida de santidade e temor diante do Todo-Poderoso Deus!

É a obediência à Palavra de Deus que nos garantirá uma vida pura e íntegra na presença de Deus.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

As 6 fases do casamento

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudoparaafamilia.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Falar sobre a família é um assunto que não se esgota, pois os problemas envolvendo os casais são sempre constantes.

Como dizia a minha vovó “ todos os princípios são flores” só que as mais belas rosas tem no seu bojo os espinhos!

• O casal de namorados vivem constantemente no beijo e abraço, e acabam perdendo uma grande oportunidade de se conhecerem não apenas sentimentalmente , mas,em termos de personalidade, gênio, natureza e afeição.

• Quando chega a fase do noivado, geralmente os jovens se equivocam mais uma vez ; na maioria das vezes preferem avançar o sinal vermelho, quando deveriam estar se conhecendo um pouco mais;



• Finalmente vem o casamento! Aí é um mar de rosas, todas as indiferenças ficaram aparentemente para traz afinal é o período de “lua de mel” !


• Aí vêm os filhos, é o momento de educá-los. Como fazer?


• Quando então entram em cena as desavenças do casamento. A lua de mel já é coisa do passado e agora se chega nos “finalmente”.


• A última fase é a mais dolorida que é a fase do divórcio.

Atenção: eu não estou generalizando ao estabelecer esta retórica. A minha oração Deus é no sentido de que as coisas não ocorram desta maneira, só que infelizmente é o que mais se repete entre os casais

Os jovens já não oram mais antes de namorar, quando namoram avançam o sinal amarelo e quando se noivam, o vermelho.

E o pior é que ás vezes nós os ministros de púlpito somos obrigados a fazer casamentos com as jovens gestantes e prendendo a barriga, pois o neném já está com 3, 4 meses. Eu já fiz 44 casamentos, destes já aconteceu pelo menos um fato desta natureza.

As fases intermediárias que antecedem o casamento devam servir paras ambos se conhecerem em termos de personalidades e temperamentos.



 Vejamos agora a importância da família:

A família sempre tem ocupado um lugar central nos planos de Deus para esta terra. É pela família que Deus faz a Sua obra de salvação, em primeiro lugar, usando a família de Abraão para trazer o Salvador a este mundo e abençoar todas as famílias da terra (Gn 12:3; 18:18,19) e, nesta dispensação da graça, para formar a Sua igreja.

É notável em Atos como as primeiras igrejas começaram pela conversão de famílias inteiras e lemos das casas de Cloe, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das casas de Lídia e do Carcereiro no início da obra da igreja em Filipos.

Até hoje, onde há duas ou três famílias salvas e de bom testemunho, não deve demorar a formação de uma igreja local, mas onde não há famílias salvas é quase impossível ver uma igreja estabelecida.


É um fato básico, mas importantíssimo, que a condição espiritual duma igreja local depende da condição espiritual das famílias que formam aquela igreja. Uma igreja é simplesmente uma família de famílias e qualquer problema de família já é um problema da igreja local.


Satanás é o grande inimigo de Deus e da Obra de Deus, e nestes últimos tempos tem procurado destruir a unidade básica da família no mundo e também tem atacado muito o testemunho da igreja na terra usando problemas de família.

Todos nós reconhecemos que estes problemas estão aumentando e que o amor de muitos está esfriando e que os salvos não são isentos destes problemas. O Senhor nos tem deixado na Sua Palavra muitos exemplos, advertências e ensinos para nos guiar. Os que têm praticado estes ensinos têm provado o seu grande valor; os que têm negligenciado estes ensinos sofrem as conseqüências desta desobediência.



Não nos sentimos capacitados de ensinar outros sobre este assunto pessoal, mas temos uma preocupação que muitas igrejas não estão reconhecendo a gravidade da situação e da necessidade de combater os ataques satânicos que vem infiltrando a igreja do mundo pela mídia.

Nossos jovens enfrentam grande pressão nas escolas e faculdades para conformar com as concupiscências do mundo e precisam entender o que Deus diz sobre este assunto. Por estas razões, preparamos esta pequena série de estudos bíblicos para ajudar principalmente a juventude cristã sobre este assunto e nossa oração é que sejam usados pelo Senhor na edificação espiritual do Seu povo.


 Vejamos agora quais são as seis fases do casamento:



I. O NAMORO

A primeira fase do casamento começa pelo namoro; esta é a fase do conhecimento.


O homem sábio confessou que uma das coisas que não conseguia entender era "o caminho do homem com uma donzela"! (Pv 30:18,19). De fato, esta fase é um mistério, pois o comportamento do casal, e principalmente do rapaz, muda completamente e os outros notam esta diferença.



1) O NAMORO ERRADO DE SIQUEM E DINÁ: (Gn 34).


Em Gênesis 34:8 lemos que a alma de Siquém estava "enamorada" fortemente de Diná, filha de Jacó. Assim, aprendemos que esta forte atração é da alma e por isto governa completamente os seus pensamentos e comportamento.

Como há dois tipos de fogo, há dois tipos de namoro. Usamos o fogo controlado em casa cada dia, mas o fogo sem controle traz destruição e desastre. O namoro controlado é útil em descobrir a vontade de Deus para nossas vidas, mas se não houver controle, trará desastre.


Este exemplo de Siquém e Diná nos ensina lições importantes no sentido de advertência, porque este "namoro" foi sem controle e causou muita tristeza e sofrimento. Notamos no v. 1 como Diná saiu para passear na cidade onde morava.

Ela não pensava em namorar, mas em "ver as filhas da terra". Parece que os pais deram esta liberdade para a moça sem pensar naquilo que podia acontecer. Hoje, no mundo, os jovens têm grande liberdade e os pais não procuram controlar os passeios e amizades dos seus filhos, e então ficam surpreendidos quando vêm os problemas.


Pais salvos não devem imitar este erro e devem manter controle em casa sobre os passeios dos seus filhos. Devemos saber onde estão e com quem, marcar os horários de estar em casa e isto deve ser feito com explicação bíblica e no espírito de amor. Os filhos devem reconhecer que tais regulamentos são feitos para o seu bem, e devem obedecer a seus pais desta maneira ( Ef 6-.1-4).


Logo apareceu Siquém, um jovem rico e da alta sociedade, mostrando muito interesse em Diná. Ela sabia que não era permitido por Deus que Seu povo casasse com estrangeiros, mas Siquém era "diferente"! Muitas moças são enganadas neste sentido, mas a Palavra de Deus é clara e Ele sabe que o jugo desigual nunca produz um casamento feliz e útil (2 Co 6:14.15).


O propósito do namoro certo é para descobrir a vontade de Deus sobre nosso casamento, e a Sua Palavra revela que o jugo desigual nunca é a Sua vontade e que não há caso "diferente". Nem precisamos orar sobre este assunto, e não devemos começar tal namoro. Se já estamos envolvidos com descrente, devemos parar logo com o namoro. "Isto", pois com certeza trará conseqüências desagradáveis mais tarde.



O namoro com Siquém logo saiu do controle e caíram na prostituição (v.2) e o "passeio" de Diná trouxe grande pecado e desastre. Embora os irmãos de Diná acusaram Siquém de ter forçado a moça, é claro que ela estava de acordo com tudo que aconteceu, pois estava com ele depois na sua casa (v,26).

Notamos que, embora que Siquém, amou a jovem e queria casar-se com ela, o seu pecado foi "uma loucura em Israel ...o que se não devia fazer" (v.7). O pecado de prostituição significa ter relações sexuais antes do casamento, e mesmo se é com a mesma pessoa com quem vamos casar-se depois, é grave pecado perante o Senhor e traz humilhação e conseqüências tristes para o casal (1 Ts 4:3-8- Hb 13:4).


O fato que o mundo hoje considera estes relacionamentos como "normal", e até providencia meios para que os jovens possam evitar ter filhos, pelo ato, não diminui a sua gravidade perante Deus. O salvo que namora descrente está em grande perigo de cometer imoralidade, porque há DUAS naturezas carnais, mas só UMA natureza espiritual nesta amizade.



Vemos como Siquém ofereceu pagar dote maior para casar com Diná (v. 12) e até estava disposto a aceitar a circuncisão exigida pelos irmãos de Diná (v.24).

Ele fingiu uma conversão ao judaísmo para conseguir a moça em casamento, mas o seu motivo não era espiritual, mas material, pois falou de como seu povo iria conseguir os bens de Israel caso aceitasse esta maneira de casamento misto (v.23).

Muitas moças salvas são enganadas por moços que mostram interesse no Evangelho, e vem às reuniões e até fazem uma "decisão" de ser crente.

Neste caso, a moça quer acreditar que ele é salvo mesmo, mas muitas vezes não é, pois só quer o casamento e depois de conseguir logo revela que seu coração nunca foi regenerado.

A moça tem culpa neste caso, pois namorou o descrente quando era para deixar até que houvesse provas claras de conversão real. O único motivo válido numa conversão real é o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, mas o coração é muito enganoso e "conversões" deste tipo geralmente não duram muito tempo.



As conseqüências tristes deste "namoro" errado de Diná são advertências suficientes para alguém salvo, que está sendo tentado por Satanás a formar amizade íntima com descrente. A única coisa certa é para deixar tal relacionamento errado e esperar no Senhor.

2.O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rt 2).



Deus também nos deixou exemplos bons neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo fala hoje.



Rute já era viúva, mas ainda nova e sem filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus, solteiro, rico, que esperava no Senhor.


Rute precisava de marido, mas não precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.



Boaz observou Rute e notou seu caráter espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção, sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não agiu precipitadamente em razão de sua idade.

Com tempo, a amizade desenvolveu e o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e felicidade.

O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor".


Foi um casamento feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).


Este casal serve como exemplo para os jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44).


Uma maneira de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não.

Se tivermos dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl 32:8,10; 37:3,5).



II. O NOIVADO

A segunda fase do casamento é o noivado; neste período os jovens passam não só a se conhecer como também a prover tudo o que for necessário para o casamento.


As palavras "noivo" e "noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais "DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O "desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).


O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes.

Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29:18-20).

O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial.

Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).



No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Juízes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).



Embora o desposado do oriente fosse mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os jovens salvos pensando em casamento.



1. O PROPÓSITO DO NOIVADO



Como o desposado dava um tempo para o casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação antes do dia do casamento.



Nunca devemos entrar nesta fase de noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma "aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.



Não podemos mencionar aqui todas as preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e a parte social para planejar.



Com certeza o casamento trará mudanças e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24).

Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61).

A nova morada deve estar perto de onde o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor (Hb 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.



2. A PUREZA DO NOIVADO (Mt 1:18-25)



Nos dias em que vivemos é necessário enfatizar este aspecto, pois o mundo muitas vezes não espera o casamento. Os judeus eram muito zelosos na pureza durante o desposado e o exemplo de José e Maria serve bem para nós entendermos a vontade de Deus neste respeito. José ficou preocupado com a gravidez de Maria e sabia que ele não era o responsável, pois nunca tiveram relações.

Suspeitando a infidelidade dela, José pensava em desfazer o desposado de acordo com a lei, mas sendo ensinado pelo Senhor logo aprendeu a verdade deste caso milagroso e eles casaram-se de acordo com a Palavra do Senhor. Assim, Deus usou este casal puro para trazer Seu Amado Filho ao mundo e Maria era virgem até depois do nascimento do Senhor Jesus Cristo.



Nunca devemos cair na tentação que porque vamos casar brevemente podemos adiantar neste sentido. As relações sexuais antes do casamento são prostituição que é proibida, e será julgada pelo Senhor (1 Co 6:18-20; 7:9; 1 Ts 4:3,6; 1 Tm 4:12; Hb 13:4) e assim quem teme ao Senhor nunca vai ceder a esta tentação.

Por esta razão a duração do noivado não deve ser mais que necessária para planejar o casamento e geralmente, como no caso do judeu, um ano é suficiente, mas pode ser mais ou menos de acordo com as circunstâncias pessoais do casal.



3. A PARÁBOLA DO NOIVADO (Ap 19:6-9)



Na Sua Palavra, Deus usa este estado para descrever a situação presente entre Cristo e Sua Igreja. A igreja é chamada a "NOIVA" do Senhor Jesus Cristo e as "BODAS do CORDEIRO" acontecerão no céu logo depois do tribunal de Cristo.

Isto é muito precioso para os salvos e fala do amor verdadeiro que Cristo tem para conosco e da Sua promessa de voltar para receber-nos e do Seu desejo ardente de estar com a Sua igreja durante a eternidade. Também traz uma lembrança solene sobre como devemos viver neste tempo enquanto esperamos aquele dia. A igreja deve ser como uma "virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Co 11:2,3) e a mistura com o mundo é considerada como infidelidade ao Senhor (Tg 4:4,5).



Também como as noivas faziam durante o desposado as suas próprias vestes para seu casamento, nós estamos agora na fase de preparar o "linho finíssimo" que são "os atos de justiça dos santos" que será a nossa recompensa e glória futura na manifestação de Cristo com a Sua igreja (2 Co 5:9, 1 0; CI 3:4).



Esta solene comparação deve-nos ajudar a manter a pureza e santidade que o Senhor quer de cada um dos Seus, e também deve ajudar muito os jovens salvos a manter a pureza e santidade pessoal que Deus quer durante o seu noivado.



III. O CASAMENTO

A terceira fase é propriamente dito o próprio casamento.


Muitos dos servos de Deus nas Escrituras viviam vidas santas, felizes e úteis sem casar-se e ainda esta é a vontade de Deus para muitos hoje. Contudo, muitos outros servos de Deus nas Escrituras eram casados e esta é a vontade de Deus para muitos de nós.


O casamento é "digno de honra" (Hb 13:4), e em nada menos santo do que o estado de solteiro. É importante que o jovem procure saber a vontade de Deus neste sentido porque este é sem dúvida o assunto mais importante depois da salvação da nossa alma.

Embora que o casamento não existirá além desta vida (Mt 22:30), terá grande influência no nosso serviço para o Senhor durante esta vida, e este serviço terá recompensa eterna no céu. Assim, é de grande importância que o jovem salvo medite no que Deus diz sobre este assunto na Sua Palavra.


O PRIMEIRO CASAMENTO:



A Bíblia é o "manual' do Criador sobre este assunto e os muitos problemas que o mundo enfrenta neste sentido hoje são as conseqüências da sua desobediência aos ensinos de Deus.


Um versículo chave neste assunto é Gn 2:24: "Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne ".

Estas palavras foram faladas por Deus na ocasião do primeiro casamento, logo depois da formação da mulher e quando o assunto de casamento é mencionado na Bíblia, Deus sempre volta para este princípio (Veja Mt 19:5; Mc10:7,8; 1 Co 6:16; Ef 5:31). Vamos observar alguns fatos importantes deste versículo:


A) Notamos, em primeiro lugar, que o casamento não foi inventado pelo homem, também, não é um rito da igreja, mas veio de Deus como parte da criação milhares de anos antes que houvesse igreja.



B) Deus falou aqui sobre os "pais” do homem, mas Adão e Eva não tiveram pais humanos! Este fato mostra que Deus estava instituindo princípios fundamentais para todos os casamentos e que estes princípios estão em vigor para nós hoje.



C) O fato que o homem "deixará" seus pais quando casar para "apegar-se à sua mulher" mostra claramente que a união do casamento é mais íntima e durável do que a união entre pais e filhos. Assim, a primeira responsabilidade dos casados não é mais para com seus pais, mas para com sua esposa ou marido.

O casamento não produz uma família aumentada, mas uma nova família com sua própria autoridade guiada por Deus. Às vezes os pais do casal não querem reconhecer esta mudança de autoridade e procuram manter seus filhos casados em casa, mas o casamento nesta situação não pode funcionar como Deus quer.


D) Deus está presente em todos os casamentos como Testemunha, e Ele considera aquele pacto feito para a vida inteira (2:14-16). Assim devemos entender que esta união de ser “uma só carne" não pode ser desfeita por qualquer motivo, pois somente a morte pode anulá-la (Rm 7:1-3). Este fato foi ilustrado claramente pela maneira que Deus formou uma mulher da costela tirada do corpo do homem.

Adão reconheceu que Eva era parte dele e que era "sua mulher" designada por Deus para a vida inteira. Ele viveu 930 anos, mas nunca lemos de outra mulher na sua vida. As mudanças que vieram mais tarde, como bigamia (Gn 4), poligamia (Gn 6), e divórcio (Dt 24) são desvios do plano de Deus para o homem e a mulher.



 AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO DIFERENTES:



Notando agora o contexto de Gn 2:24, vemos que havia diferenças nas responsabilidades do homem e da mulher desde a criação. Antes da formação da mulher o homem já tinha sido colocado no jardim para o lavrar e o guardar, e tinha recebido a ordem para não comer da árvore da ciência do bem e do mal, e tinha dado nomes a todo o gado e às aves dos céus (Gn 2:15-20).

Isto mostra que Deus considera o homem como o responsável, ou seja, "cabeça” do lar, e a mulher como sua "auxiliadora”. Um bom exemplo disto é que mesmo que foi Eva que desobedeceu a Deus primeiro quando comeu o fruto proibido, Deus chamou Adão primeiro para prestar contas porque foi com ele que Deus tinha falado como o responsável pelo casal (Gn 3:6-9).



Do Novo Testamento aprendemos que quanto à nossa posição espiritual em Cristo, "não há macho nem fêmea” (Gl. 3:28), mas quanto à ordem na família e no trabalho, há diferença na responsabilidade e no trabalho. Em 1 Co 11:3, Paulo explica que o homem é o"cabeça da mulher" como Deus é o cabeça de Cristo.

Esta frase merece mais consideração. Como é a união entre Deus e Cristo? Não é baseada na superioridade do Pai e na inferioridade do Filho, mas no amor perfeito entre Eles e na ordem necessária em efetuar o plano da redenção.

Era necessário um sacrifício perfeito e Cristo voluntariamente fez esta parte. Ele foi "enviado" pelo Pai, mas também Ele "veio" espontaneamente. Assim, no casamento, não há parte superior que manda, há um só propósito em fazer a vontade de Deus, mas para efetuar este propósito há responsabilidades e trabalhos diferentes.

O “unissex" do mundo procura desfazer esta ordem divina e somente traz confusão para a família. O resultado é que mais que a metade dos casamentos do mundo terminam em divórcio hoje trazendo incalculável sofrimento desnecessário.



Do novo Testamento também aprendemos que a responsabilidade principal da mulher no casamento é: "Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” e o exemplo dado disso é a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo como Cabeça (Ef 5:22-24).

Pedro explica que esta ainda é a responsabilidade da esposa mesmo quando seu marido for descrente (1 Pe 3: 1), mas esta submissão é "como ao Senhor” e assim será sempre dentro dos limites da Palavra de Deus (At 4:19).



A responsabilidade principal do marido é em amar a sua esposa como seu próprio corpo (Ef 5:25-28). A palavra "amar" aqui é ilustrada pelo amor de Cristo para com Sua igreja quando se entregou por ela. É o amor imerecido que não procura nada, mas que dá tudo.


É o amor que não procura seus próprios interesses, mas o bem da pessoa amada. É o amor que nunca falha (1 Co 13:4-8). Não será muito difícil para a esposa submeter-se ao marido que cuida dela como Cristo cuida da Sua igreja!



Na maneira que os dois cumprem estas responsabilidades diferentes, o seu casamento será abençoado por Deus e a sua união crescerá em maturidade e felicidade. As falhas nestas responsabilidades trarão problemas para o casal no seu casamento e no seu serviço espiritual.

 A PARTE FÍSICA:


Quanto ao lado físico, Deus também criou esta parte do casamento para o bem da família e da Sua Obra na terra, Notamos que a ordem divina para o primeiro casal "multiplicar-se" foi dada antes que o pecado entrasse no mundo (Gn 1:27,28).

As relações conjugais dentro do contexto do casamento como expressão do verdadeiro amor, são aprovadas por Deus (Hb13:4) e consideradas como parte necessária para o bem estar do casal, para evitar a impureza (1 Co 7:2-5), e para a produção de filhos que futuramente servirão ao Senhor neste mundo (Gn: 18:18,19; Js 24,15, Sl 127:3-5).



Estes princípios divinos foram dados para a felicidade e utilidade do casal e o segredo dum casamento feliz é a obediência total a estas coisas. Satanás sabe o valor da família na Obra de Deus e tem substituído estes princípios com a sabedoria humana que até nega a existência do Criador e rejeita a Sua Palavra. Esta desobediência traz as conseqüências tristes que vemos nas famílias no mundo hoje.



Os jovens salvos contemplando o casamento e lendo estas coisas não devem exclamar como os discípulos exclamaram: "Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar" (Mt 19:10)! O casamento é bom. "O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Pv 18:22).

Contudo, precisamos entender o que é o casamento e procurar entender qual a vontade do Senhor para nossa vida e esperar no Senhor até que possamos dizer com convicção, "isto procede do Senhor" (Gn 24:50).


Mesmo obedecendo ao Senhor, haverá dias de “sol” e dias de "chuva” para o casal, mas a firme convicção que estamos fazendo a Sua vontade, nos dará a paz de Deus em qualquer circunstância.



IV. A CRIAÇÃO DOS FILHOS

Esta é a quarta fase do casamento, pois todo jovem que planeja casar-se planeja também ter filhos.

É nesta fase que surge a necessidade do casal educar os filhos

Ninguém gosta de aplicá-la ou recebê-la, mas todos concordam que a disciplina das crianças é necessária!



Em primeiro lugar seria bom lembrar que nem todos os casamentos produzem filhos, e muitos bons casais nas Escrituras tiveram problemas neste sentido, como Abrão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Raquel, Elcana e Ana, Zacarias e Isabel. Contudo, estamos pensando no caso comum de casais salvos que têm filhos para criar, onde o ensino deixado por Deus sobre este assunto é muito importante para Sua Obra.



1. LIÇÕES DO ANTIGO ESTAMENTO



Este assunto não é exclusivo dos nossos dias, pois o coração da criança não tem mudado desde que Caim nasceu, e seria útil lembrar alguns exemplos e ensinos do Antigo Testamento.


Achamos exemplos de pais que criaram bem seus filhos, como Abraão (Gn 18:18, 19) e Jó (Jó 1) .

Também Deus tem nos deixado advertências aos pais que não criaram bem seus filhos, com conseqüências tristes nas suas vidas, como Ló - (Gn 19) e Eli (1 Sm 2-4) .




Os judeus levavam muito a sério este assunto, e um filho rebelde que trazia vergonha para seus pais podia ser condenado à morte (Dt 21:18-21). As crianças pequenas ficavam sob os cuidados da mãe, mas quando possível os meninos acompanhavam seus pais ao trabalho, onde aprendia deles no campo, na carpintaria, como pastores de ovelhas.


Enquanto as meninas aprendiam em casa com suas mães na cozinha,na horta, na costura etc. Assim, cada um tinha sua profissão e trabalho, e desde pequeno contribuía para o serviço da casa. Havia também tempo de brincar com brinquedos simples feitos de madeira, palha; outras vezes as crianças brincavam nas praças imitando seus pais em fazer "casamentos", "sepultamentos". ( Mt 11:16,17).




Uma parte especial neste treinamento era a educação espiritual das crianças (Dt 6:6), onde a Palavra de Deus era ensinada pelos pais e decorada pelos filhos em casa e na escola. Além disto, havia ocasiões durante o ano quando a família viajava para reunir-se em adoração e para ouvir a Palavra de Deus lida e explicada na Casa de Deus ( Dt 16:11; 1 Sm 1:3,4; Ne 8:2,3).




Talvez o livro que trata mais do assunto de disciplina das crianças seja o livro de Provérbios, que foi escrito por Salomão, pensando especialmente nos seus filhos (1:4,8,10, 15, 4.l).



Apesar das grandes mudanças tanto na sociedade como na cultura em nossos dias, tais ensinos são válidos para nós, e os que os seguem têm provado seu grande valor. Infelizmente, o mundo os tem desprezado, resultando em rebelião e mau comportamento por muitos jovens.



Salomão era pai de muitos filhos e foi usado por Deus para escrever bastante sobre a disciplina das crianças.



Antes de meditar nestas Escrituras, devemos entender que a palavra "disciplina" significa "colocar os pensamentos em ordem". A criança que pensa certo agirá na maneira certa. Isto nos mostra que uma parte importante deste processo é o ensino positivo pela qual a criança pode saber por que deve agir na maneira indicada pelos pais.


Também há o lado negativo da disciplina que é a correção administrada no caso de desobedecer ao ensino dos pais. Uma ilustração destes dois lados é o processo de limpar o terreno e de plantar a semente, que mais tarde produzirá o fruto útil. Só limpar sem plantar não é suficiente, e só corrigir sem ensinar não é disciplina.




2. PERGUNTAS E RESPOSTAS



Podemos fazer quatro perguntas sobre a disciplina das crianças e procurar as respostas na Palavra de Deus, começando com o livro de Provérbios, e progredindo para o Novo Testamento.



A) POR QUE DISCIPLINAR?



Em primeiro lugar é prova do amor dos pais, pois "o que retém a vara aborrece a seu filho (Pv 13:24). Muitos pais não entendem esta verdade porque não sabem como usar a vara.



Em Pv 22:15, Salomão explica que cada criança nasce com um problema no seu coração que ele chama de "estultícia", ou seja, "tolice". Em outras palavras, cada criança nasce uma pecadora com a tendência de desobedecer aos seus pais.


Davi reconheceu este fato em Salmo 51:5, e todos os pais têm provas desta verdade, pois geralmente a criança não demora muitos meses para começar a exigir sua própria vontade, e mesmo antes de saber falar, já sabe como adquirir o que quer! A disciplina é o caminho ordenado por Deus para endireitar esta tendência.



Em Pv 23:13,14, Salomão procede a mostrar que este assunto é importantíssimo e terá influência sobre a salvação da criança mais tarde.


A razão por isto é que a criança que aprende cedo a respeitar seus pais, mais tarde respeitará outra autoridade, como a lei do país e a Palavra de Deus.


Assim, evitará o caminho, o caminho largo e obedecerá ao Evangelho. Sempre há exceções a esta regra, mas geralmente a criança bem disciplinada não apartará dos bons caminhos aprendidos e é salvo ainda jovem (Pv 22:6).

Em Pv 29:15,17, aprendemos que todo o que dá ouvidos a este ensino terá prazer em seus filhos mais tarde, mas quem não obedece terá tristeza e vergonha.



B) QUANDO COMEÇAR A DISCIPLINAR?


Muitos pensam que uma criança de um ano não sabe nada e por isto não precisa de disciplina, mas isto está longe da verdade.


Em Pv 13:24, Salomão nos ensina que a disciplina deve começar CEDO, isto é, quando começa a aparecer a estultícia.


As crianças são diferentes, mas geralmente dentro de poucos meses precisam de correção em aprender que não receberão tudo que querem quando é contra a vontade dos pais. As crianças têm de aprender cedo ceder à vontade dos pais. Chegará o tempo quando a vara é necessária por causa da desobediência.


Em Pv 19:18, Salomão mostra que há prazo para este processo "enquanto há esperança'. Alguém comparou este prazo com o "cimento novo" que pode ser moldado apenas durante um certo tempo, mas não depois. Os primeiros cinco anos são de grande valor neste sentido. Vemos exemplos de crianças bem criadas desde cedo em Moisés, Samuel e Timóteo, que mais tarde tornaram-se homens de Deus.




C) COMO DISCIPLINAR?


Salomão também nos ajuda aqui e em Pv 19:18 lemos que o uso da vara é sempre com controle e não com raiva e violência. As falhas aqui têm provocado mudanças nas leis protegendo a criança dos abusos, mas infelizmente estas leis têm ignorado a Palavra de Deus que recomenda o uso controlado da vara.


Sempre neste caso devemos obedecer a Deus (At 4:19). O uso da vara é com amor, explicação e nunca como expressão de vingança.


A criança deve saber que está recebendo a vara, não simplesmente porque desagradou aos pais, mas porque se continuar naquele caminho haverá grande prejuízo, e é isto que os pais não querem porque amam seu filho.

Este tratamento tem de ser pontual e com firmeza para deixar uma lembrança que servirá na próxima vez que vem a tentação. Se não houve mudança no comportamento a "disciplina" falhou. Foi nisto que Eli falhou e a sua "disciplina" não prestou.


Desobediência não deve ser tolerada e crianças bem disciplinadas nunca dizem "não" aos seus pais e vêm imediatamente quando chamadas. Embora Salomão menciona muito a vara, não é somente com a vara que podemos disciplinar nossos filhos e às vezes perdendo um privilégio ou prazer esperado será mais eficiente em evitar a repetição do erro.


Não será necessário usar muito a vara se for aplicada na maneira certa, e só uma palavra, ou até um olhar, deve corrigir o comportamento errado do filho, pois bem sabe o que vai receber se continuar.




Passando para o Novo Testamento, em Ef 6:4, lemos "Pais não provoqueis vossos filho".

Às vezes criamos rebelião em nossos filhos sem saber. Nunca devemos contar mentiras à criança como "o bicho te pegará" . Pois logo ela descobre que o "bicho" não chega, e que os pais falam mentiras. Ameaçando sempre que "você vai apanhar", mas nunca "apanhando", é sem valor como disciplina.


Também, devemos evitar críticas destrutivas e públicas que humilham as crianças, e as fazem mais rebeldes. Parcialidade entre filhos produz rebeldia e problemas mais tarde, como vemos nos filhos de Jacó, porque ele amava José mais que os outros, e deu-lhe presentes especiais. Também, exigindo coisas desnecessárias, só para mostrar nossa autoridade na presença de outros, produz falta de respeito nas crianças, como vemos no caso de Saul com Jônatas (I Sm14:28 a 30).


Devemos sempre lembrar que a criança fará comparações com o que nós falamos e o que fazemos, e qualquer diferença anulará o valor da nossa palavra.

O exemplo dos pais vale mais do que suas palavras. Mesmo Salomão escrevendo bons conselhos para seu filho, Roboão, no Livro de Provérbios, ele nem sempre deixou um bom exemplo, pois Roboão percebeu esta diferença e não obedeceu os bons ensinos do seu pai.




Ef 6:4 apresenta o lado positivo na disciplina: "mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor". Isto mostra o valor de ensinar a Palavra do Senhor em casa com a família desde cedo.


As crianças gostam de ouvir a Palavra e logo entendem os ensinos do Senhor que mostram os perigos do pecado e o valor da obediência ao Senhor.

Também é necessário ensinar-lhes em casa a ficar quietas durante o estudo da Bíblia, e assim o "culto doméstico" servirá para treinamento nas reuniões da igreja.

Sempre haverá necessidade de lembrá-las antes de sair para a reunião por que devemos ficar sentados e em silêncio na casa de oração. Silêncio é necessário para que todos possam se concentrar na Palavra de Deus, oração, adoração.

Porque Satanás quer tirar a boa semente (Lc 8:12) e interromper a atenção dos ouvintes, e desta forma usar nosso filhinho nisto! Também o silêncio ajuda o pregador a concentrar-se na sua mensagem (At 13:16; 21:40) e denota reverência ao Senhor que está presente no meio (Mt 18:20; Hb-12: 28).

Outra coisa que os pais devem ensinar em casa é o respeito pela propriedade dos outros, e não deixar seus filhos subtrair objetos nas casas, lojas, carros etc.. Isto treinará a criança para mais tarde evitar a tentação de levar as coisinhas de outros na escola, e assim não será ladrão mais tarde.


D) QUEM DISCIPLINA?



É notável que o pai é sempre mencionado como o responsável neste sentido (Ef 6:4; Cl 3:21; Hb 12:7,9).

Por exemplo, a palavra "pais" em Ef 6:1, inclui pai e mãe, mas "pais" em 6:4 é masculina (o pai mesmo). Como "cabeça" do lar (I Co 11:3; Ef 5: 23) é ele quem deve administrar a disciplina em casa.

No caso onde o pai não pode estar presente, talvez por motivo de viagem, ou porque está doente, a mãe terá de fazer esta parte sozinha.

O casal trabalha junto neste assunto e deve estar de acordo sobre o padrão usado. Qualquer diferença entre eles deve ser resolvida fora da presença dos filhos, e se, por necessidade na ausência do pai, a mãe disciplina, será como o pai faria.


Os pais muitas vezes não fazem a sua responsabilidade, e não há acordo entre os pais. Às vezes, por causa da morte do pai, ou mãe, é necessário que a criança seja criada por outros, mas isto deve somente ser permitido no caso onde não há alternativa.


O costume moderno de dar filhinhos para livrar seus pais solteiros das suas responsabilidades é causa de aumento de pecado e traz grandes problemas na vida destas crianças mais tarde.



3. O EXEMPLO DE DEUS (Hb 12:7-11)



Em terminar, notamos o exemplo neste assunto que Deus nosso Pai deixou. Ele disciplina TODOS seus filhos sem parcialidade porque Ele os ama e quer o seu eterno bem. Seu objetivo é que sejamos mais como Ele é e Ele é o EXEMPLO de santidade que Ele exige dos Seus filhos.

Também, Ele nunca evita a disciplina porque trás tristeza na hora, mas Ele olha mais para frente e quer fruto e alegria permanente na Sua família. É assim que devemos pensar e agir na disciplina dos nossos filhos.



V. PROBLEMAS NO CASAMENTO



Seria bom se não tivesse necessidade para pensar neste aspecto do casamento, mas o fato é que hoje existem muitos problemas de casamento e os salvos nem sempre escapam.


Lendo no Antigo Testamento vemos que não é uma coisa nova porque muitos dos grandes servos de Deus enfrentaram problemas nas suas famílias também.


Contudo, estes problemas estão crescendo rapidamente e no mundo hoje mais ou menos a metade daqueles que se casam pensando em ficar juntos até a morte, logo descobrem que são "incompatíveis" e que não podem viver mais um dia juntos! Mesmo em muitos casamentos dos salvos, onde o divórcio não é aceito, existem problemas, muitas vezes bem escondidos, que impedem a comunhão no lar e o serviço ao Senhor.



Sem dúvida estes problemas não são a vontade do Senhor, e queremos examinar agora a raiz donde vêm para que, mesmo se não temos problema matrimonial agora, podemos estar prevenidos e preparados. "Prevenir é melhor do que remediar".


Uma coisa é certa, Satanás, o "leão que ruge", bem sabe o valor dum casal unido no trabalho de Deus, e procura "devorar" esta unidade espiritual para que o casal não trabalhe mais juntos no serviço de Deus.



Antes de continuar com o casal de salvos, devemos relembrar que o jugo desigual com certeza trará problemas sérios neste sentido. Sansão desobedeceu à Palavra de Deus e o conselho dos pais neste sentido e casou com a mulher incrédula porque "agradou os seus olhos".


Não demorou que apareceram problemas sérios e separação neste casamento (Juízes 14). O salvo que se casa com descrente está desobedecendo o Senhor e colherá as conseqüências doloridas desta desobediência (2 Co 6:14-18).



 APANHANDO AS "RAPOSINHAS"



Pensando agora no caso de cônjuges salvos, logo passa a "lua de mel" e o casal enfrenta a realidade da vida juntos e logo descobre que o casamento traz grandes responsabilidades e bastante trabalho.

Provavelmente começam a perguntar a si mesmos porque corri tanto para casar?



O livro de Cantares de Salomão era usado muito nos casamentos dos judeus porque nele nós achamos as palavras dum novo casal no seu "primeiro amor". As palavras repetidas pela esposa: "O meu amado é meu, e eu sou dele" (2:16; 6:3; 7:10) expressam a alegria e contentamento daquele casal e muitas vezes são aplicadas em ilustrar a alegria da igreja no Senhor Jesus Cristo.

Contudo, devemos lembrar que o assunto deste livro é as experiências dum casal recém-casado, e podemos aprender deles nestas experiências.



Evidentemente a moça trabalhava no campo dos seus pais perto de onde o rei Salomão também tinha seu rebanho.

Assim encontraram e começou a amizade que levou ao seu casamento feliz que produziu este cântico de Salomão. Em 2:15 lemos algo surpreendente quando ela disse que as "raposinhas" estavam estragando as suas "vinhas".


Um dos problemas sérios para quem produzia vinho naquele país era que as raposinhas no campo faziam cair as flores antes que as uvas formassem, assim destruindo qualquer esperança duma boa colheita, e conseqüentemente, da produção do precioso vinho.


Neste contexto, e lembrando que na Escritura o vinho é figura da "alegria verdadeira" (Salmo 104:15 .),este versículo indica que ela percebia que a primeira alegria do casal já estava sendo ameaçado por coisinhas que poderiam trazer grande prejuízo mais tarde. Assim, vemos a preocupação dela para apanhar aquelas "raposinhas" o mais cedo possível.



Queremos agora identificar seis das "raposinhas" que aparecem muitas vezes no casamento e que devem ser apanhados cedo.


Já temos notado no último estudo sobre as responsabilidades diferentes do casal no casamento e assim sabemos que a insubmissão da mulher e a falta do amor verdadeiro do marido são as duas coisas principais que trazem problemas no casamento. Contudo, há outras coisas que trazem problemas, se não apanhadas cedo.



1. A FALTA DE CONSIDERAÇÃO (1 Pe 3:7)



Esta "raposinha" provavelmente é causada mais pela falta do amor do marido quando ele esquece da sua responsabilidade em cuidar bem da sua esposa. No começo geralmente há bastante consideração um para com o outro e o marido procura ajudar sua esposa nos trabalhos mais pesados.


Com tempo, e especialmente quando vêm as crianças, o trabalho em casa aumenta muito, mas ele às vezes esquece disto e dá menos ajuda para ela; Seu trabalho, amigos.

Ocupam muito do seu tempo e ela sente-se "escravizada". Maridos que viajam muito no seu trabalho precisam comunicar freqüentemente e dar toda a assistência possível.



Também, algumas esposas às vezes mostram falta de consideração para seus maridos e exigem muita atenção. Vemos um exemplo disto em Ct 5:2-6 quando a esposa recusou a levantar-se para abrir a porta da casa quando o marido chegou tarde do seu trabalho.



Depois, ela arrependeu-se quando descobriu que ele já tinha ido embora.



2. A FALTA DE COMUNICAÇÃO (Mt 18:15)



Muitas vezes o casal não se expressa bem sobre as coisinhas que acham ofensivas. Naturalmente haverá diferenças de opinião e de gosto, pois a criação dos dois era diferente. Há a tendência de comparar um e outro com seus pais e reclamar porque a esposa não sabe cozinhar como sua mãe.


“Coisinhas que consideramos “engraçadas” quando namorados, podem tornar-se ‘insuportáveis” no casamento.


Nestes casos é necessário que o casal converse francamente, e não falar para outras pessoas ou parentes sobre estes problemas. Se não comunicarmos, a "pressão" aumenta e haverá "explosão" feia. Mesmo neste caso, não devemos guardar amargura, mas logo fazer as pazes e pedir desculpas (Ef 4:26).



3. A FALTA DE CONTENTAMENTO (1 Tm 6:6; Hb 13:5)



No começo, o casal não procura grandes coisas e fica contente com coisas simples achando todo seu prazer na pessoa amada. Contudo, com tempo há a tendência de começar a observar o que outros têm e desejar ser mais como eles.


Com isto vem a tentação a comprar "sem dinheiro" para pagar mais tarde. Dívidas são "raposinhas" perigosas no casamento e devem ser evitadas (Rm 13:8) porque se não pudermos pagar a parcela no tempo marcado, vem a vergonha e muitas vezes a esposa sente que deve estudar de noite e trabalhar de dia para ajudar o marido financeiramente.


Se tiver criancinhas, esta separação da mãe traz prejuízo porque os filhinhos são criados por outros e, muitas vezes, por pessoas descrentes que mostram um exemplo ruim.




4. A FALTA DE CONSAGRAÇÃO (Rm 12:2)


O casamento traz uma nova liberdade para o casal porque está livre da autoridade dos pais e pode escolher usar coisas do mundo que talvez seus pais não usassem.

Se conformarmos com o mundo e aceitarmos as suas coisas em casa, o crescimento e utilidade espiritual do casal sofrerão, gastaremos muito tempo sem edificação e haverá mais tentação para imitar aquilo que o mundo faz (1 Jo 2:15-17).


O nível baixo da família apresentado pelas novelas e filmes é "veneno" para o casamento e para a família.



5. A FALTA DE CONFIANÇA (Gl 5.20)



Uma das obras da carne que se manifesta às vezes no casamento é "ciúmes". A pessoa sente-se ofendida, ou traída, porque suspeita que há infidelidade, mesmo quando o cônjuge apenas fala com outras pessoas.


Precisamos entender que no trabalho do lar, e fora dele, há necessidade de intercâmbio social, e que, dentro dos limites da santidade bíblica, isto não indica infidelidade ou impureza. Satanás é mestre em acusar falsamente para separar famílias e acusações sem provas não devem ser ouvidas seriamente.



6. A FALTA DE CASTIDADE (1 Co 7:5)



Um aspecto do casamento é que traz uma proteção contra a impureza sexual. Se os problemas menores não são tratados cedo, haverá uma separação no lado físico do casamento.

Neste caso Satanás procura tentar à impureza, e infelizmente, o salvo também pode cair nesta armadilha, como aconteceu com Davi.

Por isto, disse Paulo, as relações normais somente devem ser cortadas com "mútuo consentimento" e,por pouco tempo por causa de necessidades espirituais, mas nunca como forma de vingança.



Se acontecer a infidelidade, antes de julgar quem caiu e pensar em separação, a pessoa traída deve procurar examinar se não houve falta nos dois lados antes que aquilo aconteceu. Onde houve falhas, há necessidade do arrependimento genuíno (que deixa o pecado), e do perdão completo (que procura esquecer da ofensa) (Pv 28- 13 ;Ef 4:31,32; Hb 10: 17).


 SERÁ QUE HÁ SOLUÇÃO?



Muitos casais, achando que não há solução para seus problemas matrimoniais, e ouvindo conselhos errados, chegam ao ponto de pensar numa separação. Contudo, esta nunca é a solução. O que é impossível para nós é possível para Deus, mas há condições.



Em João 2:1-11, vemos um casamento que começou com problema - faltou o vinho, e a alegria acabou logo. O que fazer? Felizmente o Senhor Jesus tinha sido convidado e Ele fez o que era impossível aos homens.

Notamos o bom conselho de Maria naquela ocasião: "Fazei tudo o que ele vos disser". Observamos também que Ele não fez a parte deles quando mandou que enchessem os potes grandes com água e que levassem ao mestre-sala.

Contudo, QUANDO OBEDECERAM TOTALMENTE a Sua ordem, Ele fez o que eles não puderam fazer- transformou a água em vinho, e foi o melhor vinho do casamento! Votou a alegria completa no casamento.



Não existe casamento sem problema, mas não existe problema sem solução. Todos os problemas de casamento têm sua raiz na desobediência à Palavra do Senhor.


A solução é em reconhecer CEDO estas falhas e voltar humildemente para onde deixamos o caminho do Senhor. Fazendo isto, embora que levará tempo, o casamento melhorará e não piorará.

Reconhecemos que não é fácil restaurar a flor que as raposas tem feito cair, mas outra flor pode crescer no lugar daquela, pois a raiz ainda vive, e enquanto há vida, há esperança. Se tivermos perdido uma colheita, não é motivo de arrancar a vinha que produzia tanta alegria. Com paciência, haverá outra colheita, e pode ser a maior.




VI. O DIVÓRCIO

Esta é a fase mais dolorida do casamento.

Antes de considerar os ensinos Bíblicos sobre o divórcio, seria bom lembrar algumas coisas em geral sobre a interpretação das Escrituras que têm influência sobre este assunto.

A interpretação correta terá o apoio de toda a Escritura, mas nem sempre será como nós pensamos ou sentimos (2 Pe 1:20).


Também temos de manejar bem a Palavra, lembrando que há diferença entre Israel e a igreja (I Co 10:32 e 2 Tm. 2:15) e que não acharemos a doutrina para a igreja no Antigo Testamento, nem nos Evangelhos, mas nas cartas dos apóstolos (At 2:42).

Trechos nos evangelhos, que não achamos nas cartas, muitas vezes são dirigidos ao povo de Israel, e não à igreja. Por exemplo, Mateus 24 revela o futuro dos judeus no tempo da tribulação que é muito diferente do futuro da igreja, revelado em I Ts 4:13-18.


Veremos a importância destas coisas durante a meditação sobre o divórcio.



1. DIVORCIO NO ANTIGO TESTAMENTO



A) Dt 24:1-4: O divórcio não apareceu até os dias de Moisés, mais ou menos três mil anos depois do primeiro casamento.


Os desvios do plano divino (de um homem com uma mulher para a vida inteira, vieram em etapas, primeiro a bigamia (Gn. 4), depois a poligamia (Gn 6), e por fim o divórcio (Dt 24).


Moisés não "ordenou" o divórcio, mas o "permitiu" por causa da dureza dos corações daquele povo que queria deixar suas esposas e casar com outras (Mt 19:7,8).

Notamos também que somente os homens receberam esta permissão pela lei, e somente no caso de "coisa feia" descoberta na esposa. Havia muitas opiniões entre os judeus sobre estas "coisas feias" e alguns divorciavam simplesmente porque sua esposa não cozinhava como eles queriam. Evidentemente as "coisas feias" não incluíam o adultério, pois este pecado foi julgado com a morte (Dt 22:22).



B) Ml 2:15,16: Os abusos desta lei aumentaram com tempo e no fim do Antigo Testamento o Senhor condenou a infidelidade dos maridos às suas mulheres e disse que Ele "odeia o divórcio".

Esta afirmação, sem qualquer exceção, ensina-nos como Deus ainda pensa sobre o divórcio nos dias de desvios em que vivemos. O fato que Ele permitiu divórcio na lei não indica que é a Sua vontade, como também o fato que ele permitiu o rei Saul em Israel não indicou que esta foi a Sua vontade. Deus respeita a vontade do homem e não impedirá seus desejos errados, mas avisa que haverá conseqüências dolorosas por causa deste desvio da vontade de Deus.



2. DIVORCIO NOS EVANGELHOS



A) Mt 5:31, 32: Aqui Cristo citou Deut. 24:1 e as palavras "Eu, porém, vos digo", usadas várias vezes neste capítulo, mostram que a nova aliança exige uma santidade maior do que a lei de Moisés. Notamos também que aqui o divórcio é permitido somente para o homem, e apenas no caso da prostituição da mulher (Mt 5:32 ). A explicação desta permissão será dada logo mais.



B) Mt 19:3 a 12: Aqui, voltando para o primeiro casamento, e não à lei, o Senhor ensinou os fariseus claramente sobre a indissolubilidade do casamento como planejado por Deus desde o princípio. Mais uma vez, a permissão é dada (v.9) para o homem divorciar sua mulher no caso da sua "prostituição".

Muitos pensam que Cristo aqui deu a permissão para todos cujos cônjuges têm sido infiéis, a procurarem o divórcio, mas há várias razões importantes que mostram que este não é o caso.


É somente em Mateus que esta cláusula é dada. Em Marcos 10: 10,11 e Lucas 16:18, onde Cristo ensinou sobre o divórcio, ela não aparece. Lembrando o que foi mencionado no início sobre manejando bem a "Palavra", devemos lembrar que Mateus foi usado para escrever principalmente com o JUDEU em mente, e que nem tudo que escreveu tem aplicação para a igreja.


A base desta permissão é por causa da PROSTITUIÇAO da mulher (Corrigida). Reconhecendo que a palavra "pornéia", que o Senhor usou aqui, às vezes pode ser traduzida " relações sexuais ilícitas" ou "fornicação", nunca deve ser traduzida assim quando a palavra "moicheia" (adultério) também está no mesmo versículo, como aqui, pois neste caso Deus fala sobre dois pecados diferentes, e não somente sobre impureza sexual em geral.

Prostituição é participar no ato sexual antes de ser casada. Adultério significa a relação sexual depois, mas fora do casamento.


Em Marcos 7:21, onde também os dois pecados são mencionados juntos, a Bíblia Atualizada corretamente usa "prostituição" e isto nos faz perguntar porque não foi traduzida assim em Mat. 19:9? Possivelmente os tradutores não entenderam como a mulher casada pode praticar a prostituição.


A dificuldade sobre como a mulher casada podia praticar a prostituição é facilmente explicada se lembrarmos do contexto judaico do Evangelho de Mateus.

Pela Lei o casal era considerado marido e mulher desde o começo do DESPOSADO, mas não tiveram relações sexuais até o dia das bodas, mais ou menos um ano depois. Se acontecesse infidelidade na mulher durante este período, o casamento podia ser anulado pelo divórcio, e, se o homem quisesse, ela podia ser a apedrejada de acordo com a lei.

No caso de José e Maria, que estavam neste tempo "desposado", José pensou em divorciar Maria pela infidelidade suspeitada nela antes que o anjo o esclarecesse (Mt 11: 18-25). Este é o caso governado pela cláusula em Mateus 5:19.



Para esta cláusula ter aplicação para a Igreja hoje, seria necessária a repetição dela nas cartas dos Apóstolos, pois a base da Igreja desde o princípio foi a doutrina dos Apóstolos ( Atos 2:42).



C) Marcos 10:11,12 e Lucas 16:8 -: Estes trechos ensinam claramente que o homem ou mulher que se divorcia e casar de novo, por qualquer motivo está vivendo no pecado do adultério. O casamento original ainda é válido aos olhos de Deus e não há exceção qualquer mencionada aqui.



3. A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

Quando examinarmos a doutrina dos apóstolos que é a base para a igreja, não achamos a

Cláusula de Mateus em qualquer lugar nas cartas. Este fato é de suma importância em entender a vontade de Deus para Sua igreja hoje.



A) Rm 7:2,3. Aqui o assunto não é o matrimônio, mas Paulo usa o matrimônio como figura da nossa posição em Cristo. Contudo, esta comparação revela que ao seu ver inspirado, o casamento pode ser anulado somente pela morte.



B)I Co 7:15. Sendo que o assunto aqui é casamentos infelizes, esperaríamos uma menção aqui da cláusula de Mateus, se aplicasse à igreja, mas não aparece. O ensino geral e claro do trecho é que o salvo nunca deve procurar uma separação.



C) 1 Co 7:39. A morte anula o casamento permitindo o segundo casamento da pessoa viúva, se for indicado pelo Senhor.



D) Ef 5:22-32. Aqui o casamento é comparado à união que existe entre Cristo e a igreja. O divórcio estraga completamente esta figura. (Lembramos da severidade com que Deus tratou Moisés por ter estragado uma figura do Senhor Jesus Cristo - veja Num. 20:11,12; Dt 3:23-27).


Por causa destas considerações bíblicas, cremos que o divórcio não é opção divina para casados com problemas, mesmo no caso de adultério. O fato que é permitido pelas leis do pais não é suficiente para a igreja seguir o mundo neste caso. As leis estão mudando rapidamente na direção contra a Palavra de Deus, como também nos casos de disciplina de crianças e sobre homossexualidade. Já chegou a hora para aplicar Atos 4:19, e "ouvir a Deus antes dos homens"nestes casos.



Muitas vezes versículos são citados para procurar justificar o divórcio em certos casos.


O argumento sobre o sofrimento da parte inocente quando acontecer infidelidade é muito tocante, e sem dúvida este sofrimento merece nossa profunda compaixão e consolação, mas temos de lembrar algumas coisas importantes.

Nem sempre Deus tira o sofrimento porque quem sofre é o inocente. Por exemplo, os escravos na igreja primitiva sofriam injustamente, mas não podiam rejeitar tal sofrimento. Os que nascem cegos, deformados, etc. sofrem inocentemente, mas ficarão assim até a morte.

Outra coisa, às vezes não há parte completamente inocente no casamento infeliz, pois a infidelidade pode ser provocada pela desobediência da outra parte à Palavra de Deus como, por exemplo, exemplo I C 7:5 e as relações foram paradas sem consentimento mútuo.

Outra coisa, talvez o maior sofrimento inocente será causado pelo divórcio - o sofrimento dos filhos inocentes.

Talvez a objeção mais comum é que se o divórcio e novo casamento aconteceram quando eram descrentes, não há mais problema porque " as coisas velhas já passaram e agora tudo é novo" desde a conversão (2Co 5:17).


Contudo o contexto deste versículo mostra que o que já passou é a nossa atitude orgulhosa e pecaminosa de viver para nós mesmos (v.15) e a condenação eterna que este pecado merece. As conseqüências do pecado com relação desta vida não terminaram com a conversão, e muitas vezes precisam de uma restituição, e às vezes duram para a vida inteira.

Por exemplo, o casal que vivia junto sem casar antes de converter-se ainda precisa casar-se legalmente para ter comunhão com a igreja; O homem que se converteu na prisão não sai livre porque agora é nova criatura, mas ainda tem de pagar a dívida perante a sociedade.

O homem que perdeu seu olho na briga quando descrente não recebe a vista quando se converter, ficará cego até a morte. Davi foi perdoado, mas sofreu as conseqüências da sua impureza até o fim da sua vida.

A verdade desagradável "não vos enganeis, aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gl6:7). Continua em vigor depois da conversão.



O uso de I Co 6:11 para receber pessoas divorciadas e novamente casadas na comunhão da igreja como "novas criaturas",esquece algo importante.

Aquelas pessoas em Corinto não continuavam a viver na impureza depois de crer, e os versículos seguintes ensinam a necessidade de deixar estes pecados.


Quem vive com quem não é o primeiro cônjuge (e nunca foi viúvo) ainda vive em pecado, e isto precisa duma correção antes de estar em comunhão com a Palavra de Deus e com a Sua igreja, pois o impuro não pode ser recebido em comunhão (I Co 5:11).

A restituição possível (embora muito difícil) neste caso seria a separação deste pecado de adultério. Estes são "eunucos por causa do reino os céus ", (Mt 19:12) e muitos têm feito isto para servir ao Senhor e não ser obstáculo ao cônjuge legítimo arrependido.


Em I Co 7:17, 20,24, a "vocação em que foi chamado" não fala sobre pessoas divorciadas antes da conversão, mas sobre circuncidados e não circuncidados,escravos e livres,como o contexto prova. O apelo baseado na compaixão do Senhor em perdoar a mulher adúltera em João 8 esquece das últimas palavras do Senhor para ela: "Vai-te e não peques mais ".



Sabemos que há situações muito complicadas, e irreversíveis, mas que estas considerações solenes possam ajudar-nos a entender melhor a indissolubilidade e santidade do casamento e ajudar casais com problemas resolver estes problemas sem pensar no divórcio, mas no arrependimento e no perdão verdadeiro (I Jo 1:9; Ef 4:32).


Neste momento se você meu irmão, minha irmã se encontra em dificuldade no seu casamento, não desanime lute até o fim para reatar o enlace matrimonial; pois a Bíblia nos diz que o que ajuntou Deus não separe o homem (Gn 2.18-24)

VEJAMOS AGORA E FINALMENTE COMO RESOLVER OS PROBLEMAS DO MATRIMÔNIO

a) Solidificá-lo na Palavra de Deus ( Mt 7.24-27). Essa estrutura acontece através de uma dedicação à leitura, estudo e prática da Bíblia, a fim de que o lar encontre forças para resistir às tempestades e intempéries da vida.

b) Praticando o perdão ( Ef 4 32). Devemos aprender a perdoar, da mesma forma como Deus nos perdoou em Cristo Jesus.


c) Crendo no poder restaurador de Jesus ( Mc 9 23). Se o diabo veio para matar, roubar e destruir, Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância, Jo 10. 9-10.
Não existe nada que Deus não possa realizar visando à felicidade e o bem-estar de seus filhos, ( Lc 1. 37)

Que O Senhor ajude a cada casal a permanecer unidos entre si e vivendo para glória de Deus. Amém!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O manual da família cristã

Contactos com o autor pelo Tel 26750178 ou 81504398

Apresentação do autor

O irmão Jânio Santos de Oliveira é Presbítero da Igreja evangélica assembléia de Deus há dezoito anos; é pesquisador e professor tendo dado aula em diversos seminários, como EETAD, IBADESC; ele é conferencista e pregador do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Além desta, tem diversas outras obras publicadas, as duas principais é o manual do obreiro aprovado e as catástrofes da história á luz da Bíblia.

Pastor Gilsom Menezes de Oliveira é o
Presidente da Assembléia de Deus no Estácio
Situado na rua hadok Lobo 92 Centro do Rio.


SUMÁRIO DA MATÉRIA
1. ANTES DE COMEÇAR: ESSE NAMORO É DE DEUS?
2. BUSCANDO A VONTADE DE DEUS NO NAMORO.
3. OS DEZ MANDAMENTOSDO NAMORO.
4. FICAR, CERTO OU ERRADO?
5. MORALIDADE SEXUAL.
6. CASAMENTO NOS TEMPOS BÍBLICOS.
7. DEUS PERMITE O DIVÓRCIO?
8. O ABORTO.
9. O QUE JESUS ENSINOU SOBRE O CASAMENTO E O ADULTÉRIO.
10. OS DEVERES DOS PAIS.
11. O COPORTAMENTO SEXUAL MODERNO.
12. A FAMÍLIA E AS FINANÇAS.

13. O PAPEL DA ESPOSA.
14. OS DEVERES DA ESPOSA REGENERADA.
15. OS DZ MANDAMENTOSDA ESPOSA.
16. O PAPEL DO ESPOSO.
17. TIPOS DE LIDERANÇA EXERCIDOS POR MARIDOS.
18. DEVERES DO MARIDO REGENERADO.
19. OS DEZ MANDAMENTOS PARA O MARIDO.



CONCLUSÃO







1. Antes de Começar: Esse Namoro É de Deus?


"Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". (Mt 6.9,10)

A vida cristã é fundamentalmente um relacionamento com o Criador. Nesse relacionamento, através de Jesus Cristo, Deus nos dá abundante vida. Nesse relacionamento, ainda, o cristão é dependente de Deus, feito uma nova criatura, e se torna servo para atualizar a vontade de Deus em sua vida. E como o princípio básico é o serviço, Deus expressa a Sua vontade, e o faz soberanamente, e nós buscamos cumpri-la. Para nós, portanto, é uma prioridade. Assim, a Escritura Sagrada o declara: "aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. Isso nos traz a realização de uma promessa que se encontra em Hebreus 10.36: "Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa". Então, onde entra a família, ou o crente em vias de formar a sua família, o seu lar, em termos de preparo para o casamento, e de realizar a vontade divina no namoro, e no noivado, e no seu próprio casamento, tenha ele um dois anos, alguns meses apenas, ou muito tempo de casado?


2. BUSCANDO A VONTADE DE DEUS NO NAMORO (Sl 37.4)


Namoro é coisa moderna. No passado não era assim, em algumas culturas, ainda hoje, também não é assim; não havia nem há namoro. O casamento era arranjado pelos pais, pois havia muitas conveniências envolvidas, questões econômicas, patrimoniais (para que não houvesse divisão de terras, de posses, os casamentos eram feitos quantas vezes, dentro das próprias famílias), havia questões políticas. Gilberto Freyre fala em sua Casa Grande e Senzala a respeito das mocinhas que se casavam com doze, treze anos com homens bem mais velhos, com trinta e tantos, quarenta e tantos anos. Ele diz com uma nota de muita tristeza que quando essas meninotas/esposas estavam com 22, 23 anos já eram mães de muitos filhos e praticamente mulheres acabadas, sendo que muitas morriam bem cedo. Pobres bisavós e trisavós nossas.. Até se chegar aos dias de hoje, à escolha individual do namorado ou namorada, um longo caminho foi percorrido.

Namoro é uma etapa para conhecimento recíproco da natureza, da consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvidos e dos que a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o namoro se torna uma corrida mal orientada e desenfreada, que termina com um casamento às pressas. É uma fase importantíssima pelo fato de conduzir a um aprofundamento de relações que é o noivado. É uma fase de educação de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e os olhos.

Aliás, "namoro" é palavrinha interessante. Vem do verbo "enamorar-se", ou seja, "sentir amor por alguém, e inspirá-lo a alguém". É via de mão dupla. Namorar é buscar amor; é o vestibular do casamento; é período de conhecimento; é período de relacionamento social, e intelectual, e psicológico, e, também, espiritual. As famílias começam a se relacionar, e, assim, cada um vai descobrir quais os valores éticos, morais, comportamentais da família do outro. E não se iluda não, esses fatores que a família tem vão influenciar no casamento. Como é o lar, como se conduzem, como se comportam o pai, a mãe, os irmãos?.
Em Ezequiel 16.44 está registrado que "tal mãe, tal filha", dito que têm uma variação na sabedoria popular. Dizem que se você quiser saber como vai ser a sua esposa daqui a vinte anos, é só olhar para a mãe dela.

Compete aos pais a orientação para o amor. Namoro prematuro, precipitado, pode ser bonitinho, mas, também, altamente problemático. O envolvimento sentimental é forte demais para a cabecinha da garota, e para o coração do rapazinho.

É vontade de Deus que você O busque com respeito ao namorado ou a namorada, pois não o diz Amós: "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?". Isso vale para o namoro também. É por essa razão que é preciso começar do modo certo. E voltando à Palavra de Deus:

"Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso".

É vontade de Deus que Jesus Cristo esteja incluído no namoro, bem no meio de vocês dois: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus". "...Para a glória de Deus" inclusive o namoro. É vontade de Deus que você encare o namoro com muita seriedade.

E Ele deve confirmar o namoro? A resposta só pode ser Sim, por isso há princípios de orientação para quem já está namorando ou se encaminhando para isso. O primeiro é o senso da vontade de Deus. Porque Deus evidencia o que é bom e o que não serve, o que tem esperança de mudar, e o que não a tem. Se você começa a namorar, e acha que vai ser "missionária" àquele rapaz, e acha que ele vai mudar, e ele não muda, não case! Nem noive, porque muito provavelmente seu casamento vai ser problemático como o seu namoro está sendo. “Por esse motivo, a Bíblia usa uma expressão sempre repetida: Esperar No Senhor.” Você precisa "esperar no Senhor"; às vezes, espera-se muito no Antônio, no João, na Rosinha, mas ninguém quer esperar no Senhor até que Ele apresente a Sua vontade. Muitos não querem, e pegam o ônibus errado, e se dão mal mais adiante no casamento: o Senhor mostra o bem e o mal, o certo e o errado.

Outro princípio no namoro é o senso da afinidade mútua de valores. Você precisa ter os mesmos valores que ela, e vice-versa, o que você aprendeu na escritura precisa ser o valor também dele ou dela, os espirituais, mentais e físicos. Aí toca o enorme problema do namoro misto. Deve o rapaz namorar uma moça fora do círculo cristão? Uma moça crente deve namorar um rapaz fora do seu círculo? Minha opinião pessoal, referendada na Bíblia é "não", porque a Bíblia diz "Não vos ponhais em jugo desigual”, pois muita lágrima vai ser derramada, muito coração vai sangrar quando você, jovem cristão ou cristã, tiver interesse numa atividade evangelística (o dia de culto mesmo), e ele ou ela vai para outro lugar ou atividade que sua consciência não está pedindo.

O namoro deve ter, então, um alicerce espiritual. Pecar contra o corpo é pecar contra o Espírito; mas Deus se preocupa com esse assunto, e, assim, você não está só. Naquele momento mais quente do namoro, lembre-se que você não está só, pois tem o recurso da oração, e de dizer "basta!" Aliás, quem estabelece limites é a moça, não esqueça! É ela quem vai dando limites, e o primeiro limite da moça cristã (e, de resto, de qualquer moça) é "Pára aí! Não, senhor; não é hora, não; não é agora, não; e não é assim, não!" Por outro lado, no namoro tudo deve ter o aval do Senhor.

Quando Cristo é o Senhor, problemas de abrasamento e precipitação são controlados e dominados. Sem Jesus Cristo, porém, vai ficar muito difícil, terrível e desesperançosamente difícil o namoro ter dignidade e propósito.




3. Os 10 Mandamentos do Namoro


Quais são os 10 mandamentos do namoro?

Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em uma experiência nociva e traumática. Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.

1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.

2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado. E atenção: mesmo pessoas que freqüentam igrejas evangélicas podem não ser verdadeiros convertidos ou não levarem o relacionamento com Deus a sério.

3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.

4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.

5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.

6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.

7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.

8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.

9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.

10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.

Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.



4. Ficar! Certo Ou Errado?




O mundo em que vivemos tem grande facilidade de lançar costumes e modismos que ferem princípios da Palavra de Deus, desfazendo assim os valores que são pré-estabelecidos nas Escrituras.

Os valores mundanos têm distorcido e influenciado a vida de muitos jovens em várias áreas, distanciando-os cada vez mais das verdades e princípios contidos na Palavra de Deus.

A influência e a pressão que o sistema mundano exerce sobre os jovens, quer sejam crentes ou não, é muito grande, pois quem se encarrega de fazer as mesmas é o Diabo, ele é o deus deste século conforme diz 1Jo 5:19. Ele se empenha em destruir ou distorcer os ensinos de Deus.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1 João 5:19 ACF)
Sendo sabedor destas verdades o jovem crente deve recorrer à Palavra de Deus para ver até que ponto o "deus deste século", usando o sistema comandado por ele (O MUNDO), tem influenciado a sua vida ao ponto que a mesma chegue a assimilar os valores e modismos mundanos.

Por que estou falando tudo isto? Porque quero abordar uma prática mundana que tem sido assimilada pelos jovens descrentes e, infelizmente, por uma grande parte dos jovens crentes.

Já ouvi até no meio dos jovens da minha igreja a expressão: "Fulano ficou à noite passada com Beltrana".

Em uma definição que fora retirada do livro "Ficar Sim ou Não" do pastor Mauro Clark, o mesmo descreve com muita sabedoria este novo comportamento que está na moda entre a mocidade dos nossos dias. "Ficar: É um relacionamento informal, rápido e descomprometido entre um rapaz e uma moça, durante o qual eles trocam carícias de intimidades variadas, chegando eventualmente ao ato sexual."

O propósito do nosso estudo é fazer uma análise e vermos se um jovem ou qualquer tipo de pessoa que tem o procedimento de "Ficar" fere ou não princípios cruciais da Palavra de Deus.

Em primeiro lugar, o ficar fere o princípio bíblico da monogamia. Monógamo é uma pessoa que tem um só cônjuge. O inimigo de Deus e nosso quer destruir este princípio áureo ensinado pelo Senhor no início da Sua criação. Em Gên. 2:18 a Palavra de Deus diz: "E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele." "Uma" em "uma ajudadora" é usada para descrever um único ao invés de mais que uma. Então, a atitude de "ficar" é usada pelo Diabo para que os jovens não dêem importância a este princípio singelo e divino, acostumando suas mentes a repudiarem a monogamia.

Em segundo lugar, o ficar fere o princípio bíblico da não defraudação. 1Te 4:6 diz: "Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos." Enganar é igual a defraudar. DEFRAUDAÇÃO, no sentido mais técnico e específico, dentro do contexto do versículo acima, significa despertar desejos ou excitação sexual na pessoa do sexo oposto, mas sem ter condições plenas e lícitas de satisfazer os desejos despertados. É este tipo de sentimento e atitude que são estimulados na vida dos que praticam o "ficar".

Em terceiro lugar, o ficar fere o princípio bíblico de não se prostituir. 1Te 4:3 diz: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição;" A palavra prostituição vem da palavra grega porneia que significa: Prostituir o corpo de uma pessoa para a luxúria de outra. Ou pessoa que se rende à corrupção por causa de lucro. No verso acima Deus declara a Sua vontade santa para os salvos que é a abstinência de prostituição em suas vidas. O "ficar" é uma atitude que leva o crente a agir de maneira desrespeitosa a esta grande vontade de Deus.

Em quarto lugar, o ficar fere o princípio bíblico de não sermos iguais ao mundo. Em Rom 12:2 "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." A expressão "sede conformados" do verso acima significa: conforme à moda da pessoa ou à mente da pessoa e caráter para outro padrão. Então, o mundo que jaz no maligno (1Jo 5:19, acima), se encarrega de lançar modismos e costumes que forçam muitos a serem iguais a ele e não ao Senhor. Um dos grandes esforços do Diabo é levar o homem a desonrar o seu corpo que foi criado por Deus para ser o templo do Espírito Santo. Outra palavra que gostaria de destacar no verso acima é a palavra "sede transformados" ou "metamorphoo" que significa: transfigurai, transformai, mudai. Ou seja, a mente do crente deve estar em constante estado de mudança, objetivando ser igual à do Senhor Jesus Cristo. A pessoa que tem a mente de Cristo jamais iria aprovar nem tampouco participar deste comportamento pecaminoso chamado "ficar".

Como filhos de Deus, não devemos deixar que o mundo dite para nós regras, costumes e modismos que não estão baseados na Palavra de Deus. Estas regras, costumes e modismos devem ser avaliados à luz das Escrituras Sagradas passando assim pelo crivo de Deus. Se os mesmos passarem pela peneira de Deus (A Sua Palavra), podemos incorporar em nosso padrão de vida! Mas, se forem reprovados, devemos considerá-los como não aceitáveis em nossas vidas.

Passamos pela peneira da Palavra de Deus, "O FICAR", atitude comportamental adotada pela maioria dos jovens. Vimos que este tipo de comportamento é descabido para ser incorporado à vida cristã de um jovem crente que quer agradar a Deus verdadeiramente. Espero que, diante da análise que fizemos você não deseje que tal comportamento faça parte da sua vida.







5. Moralidade Sexual



“Venerado seja entre todos, “o matrimônio” e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”. Hb 13.4


O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus.

Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados.

No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:

(1) A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus (ver Gn 2.24 nota; Ct 2.7 nota; 4.12 nota).
Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.

(2) O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14 nota) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3 nota) e colocam o culpado fora do reino de Deus (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).

(3) A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuos “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza. Deus proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6 nota).

(4) O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de Deus. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).

(5) Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desses mal.
(a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de Deus para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).
(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento


pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9 nota, sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18).


(c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que Deus pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19).


(d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28 nota).




6. Casamento nos tempos bíblicos



CASAMENTO E SEUS COSTUMES

Deus começou o casamento com o primeiro homem e a primeira mulher. Quando Deus falou à Adão que um homem deveria deixar a sua parentela e se juntar a uma mulher assim se tornando um (Gênesis 2:24), ele estava descrevendo o casamento. Porém, não é necessariamente o desejo de Deus que todo mundo deva se casar, ele aprova o casamento em geral. Faz parte de seu plano para o ser humano.

A. LEIS E COSTUMES DOS CASAMENTOS NA BÍBLIA

As escrituras se referem a diferentes formas e costumes de casamentos. Este é um tópico complexo. Porém, podemos tirar algumas conclusões sobre o casamento nos tempos bíblicos examinando leis bíblicas e as descrições dos casamentos.

B. A AUTORIDADE DO MARIDO

Na sociedade Israelita, o pai era a figura de autoridade na casa. Sua esposa e seus filhos eram considerados sua posse, quase como suas terras e gados (Deuteronômio 5:21). Ele tinha o direito de vender suas filhas (Êxodo 21:7), e até tinha o poder de decisão de vida ou morte sobre a vida de seus filhos. A facilidade com a qual o marido podia acabar com seu casamento divorciando sua esposa, mostra a medida de sua autoridade na família (Deuteronômio 24:1-4; veja Deuteronômio 22:13-21). Em geral, a noiva deixava seus pais quando se casava e ia morar com o clã de seu marido. Na verdade, a frase "se casar com uma esposa" vem da raiz da palavra que significa "se tornar mestre" (Deuteronômio 21:13). A esposa tratava o seu marido e se referia à ele como seu mestre.

C. POLIGAMIA E MONOGAMIA

Há vários exemplos de poligamia, o casamento de um homem com duas ou mais esposas, no Velho Testamento. Jacó, por exemplo, era casado com Raquel e Lia. No entanto, não há dúvida que a maioria dos Israelitas eram monógama, ter uma esposa por vez. Apesar de a bíblia não condenar a poligamia, ela com certeza não encoraja. A instrução original que Deus deu à Adão era que o homem deixaria o seu pai e a sua mãe e se uniria a sua mulher (Gênesis 2:24).

D. CASAMENTO ENTRE PARENTES E COM ESTRANGEIROS

Em Israel, o casamento acontecia com aqueles que eram da família imediata. Uma razão para isso acontecer, era para que o casal tivesse a mesma crença. Mas é lógico que se a pessoa tivesse o parentesco muito próximo, aí seria considerado incesto. Deus deu então regras ao povo para desencorajar as pessoas a se casarem com pessoas com o parentesco muito próximo ou mesmo muito distante. Casamentos entre primos, tais como Isaque e Rebeca eram comuns. Esse tipo de casamento nunca foi condenado nas Escrituras.

E. ESCOLHA DE UM PARCEIRO

Em geral, os jovens nos tempos bíblicos não escolhiam seus parceiros. O procedimento normal seria os pais do jovem ou da jovem arranjar o seu casamento. Quando as crianças tinham idade suficiente para se casar, os pais do noivo e da noiva se encontravam para resolver a questão, geralmente sem consultar nenhum dos dois jovens.

F. DIVÓRCIO

Em contraste com o planejamento e banquete elaborado do casamento, o divórcio era simples. O homem poderia se divorciar de sua esposa se ele encontrasse nela uma falha de qualquer natureza, esse direito não foi abolido até o século 11 DC. O divórcio era desencorajado, no entanto, e o processo foi ficando gradativamente complexo.




7. DEUS PERMITE O DIVÓRCIO?



Em princípio, o casamento é indissolúvel: "O que Deus ajuntou não o separe o homem". Todavia, em caso de prostituição de um dos cônjuges (adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual), Deus permite a separação, se esta for a vontade do cônjuge ofendido. Havendo perdão entre as partes, nada impede de continuarem juntos (Mt 19.9; Lc 16.18). Os casamentos hoje em dia são desfeitos por qualquer banalidade. Muitas vezes o motivo maior é o fim do amor: os dois chegam à conclusão que não se amam mais. Isto acontece quando a união do casal não é alimentada pela fonte inesgotável do amor de Deus.





8. O Aborto



Leitura: Sl 139.1-16
Aborto é a morte espontânea ou provocada, do produto da concepção dentro do ventre materno e antes do início do parto. Os abortos espontâneos, ou seja, que surgem por efeitos naturais, exterior à vontade humana, são acidentes lamentáveis. O problema maior está no aborto provocado.


Atualmente no Brasil o aborto é considerado crime, exceto nas situações: de estupro e de risco de vida materno.


Há a proposta de incluir uma terceira possibilidade quando da constatação anomalias fetais.
A respeito deste assunto, podemos verificar o que diz a Bíblia:


1. Deus é o doador da vida.



É Deus quem a dá e somente Ele tem a autoridade de tirá-la (1 Samuel 2.6; Zacarias 12.1; Atos 17.25,28). Deus instituiu o governo humano com poderes para punir o culpado, mesmo com a morte, mas proíbe a morte de um inocente Os seres humanos foram especificamente postos acima de todas as plantas e todos os animais (Gênesis 1.28-29). Podemos matar e comer animais, mas é expressamente proibido cometer homicídio (Gênesis 9.3-6).
2. A vida começa na fecundação
Há um grande debate sobre o momento em que o feto se transforma numa pessoa. Alguns afirmam que é no momento em que o feto pode viver fora do útero; outros, quando o cérebro passa a funcionar; outros, quando o feto sente sensações, dores, etc; outros, quando ele se movimenta ou tem a forma de uma pessoa; outros ainda, quando ele nasce. No entanto, nem a independência, nem o funcionamento do cérebro, nem a ausência de sensações, nem a movimentação ou forma humana definem uma pessoa e a defesa da vida humana a partir da fecundação do óvulo possui tantos argumentos científicos quanto qualquer outra posição.
Deus forma o espírito do homem no ato da fecundação. A diferença entre o óvulo fecundado e um adulto é apenas o tempo e a nutrição! O óvulo fecundado tem um dia, uma semana, três meses, quatro meses e o adulto tem 20 anos, 30 anos, 40 anos ou 50 anos. O embrião é uma pessoa porque no seu desenvolvimento ele não pode se tornar outra coisa a não ser pessoa. Nenhum corpo vivo pode tornar-se pessoa a não ser que já seja pessoa. Ser e humanidade não estão em ordem crescente. Ser e humanidade são inatas. Não são adquiridas. Ou seja, nenhum ser humano é mais humano do que outro. O que difere é: o tempo e a nutrição. Por isso que o embrião é um ser humano.
A Bíblia mostra isso: João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno (Lucas 1.15) e também reconheceu Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44). Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas (Salmos 139.13-16; Jó 10.8,11; 31.15; Jeremias 1.4-5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5). Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, nem distingue estágios de desenvolvimento do ser. Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 1.41,44; 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2; Atos 7.19). A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: “Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]”. Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um “homem”, um “macho” ou ainda um “marido”. Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida (”crianças que nunca viram a luz”) com reis, conselheiros e príncipes.
A Bíblia condena o aborto


Conforme o texto de Êxodo 21.22-25, se um acidente promover um nascimento prematuro - o verbo aqui usado não é o que tem o sentido de abortar (shakal), mas o que tem o sentido de nascer (yasa) - e a criança sobreviver, a pessoa responsável pelo acidente pagará uma indenização. Caso o bebe prematuro vier a morrer, a pena será vida por vida. A razão é simples: Deus considera o feto humano como um ser humano já nascido. Logo, o aborto é um homicídio segundo a Lei do Antigo Testamento.
O aborto quando acontece naturalmente ou acidentalmente não é crime. Quando acontece de forma planejada e deliberada é crime pela Lei de Deus (Êxodo 23.7).


A. Questões apontadas pelos defensores do aborto


1. Caso de estupro e/ou incesto - Por mais horrível que fosse ficar grávida como resultado de um estupro e/ou incesto, isto torna o assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem um acerto. A criança resultante de estupro/incesto pode ser dada para adoção por uma família amável incapaz de ter filhos por conta própria – ou a criança pode ser criada pela mãe. Mais uma vez, o bebê não deve ser punido pelos atos malignos do seu pai.
2. Quando a vida da mãe está em risco – 94% dos abortos realizados hoje em dia são por razões diferentes da vida da mãe estar em risco. A vasta maioria das situações pode ser qualificada como “Uma mulher e/ou seu parceiro decidindo que não querem o bebê que eles conceberam”. Isto é um terrível mal. Mesmo nos outros 6%, onde há situações mais difíceis, o aborto jamais deve ser a primeira opção. A vida de um ser humano no útero é digna de todo o esforço necessário para permitir um processo de concepção completo. Devemos lembrar também que Deus é um Deus de milagres. Ele pode preservar as vidas de uma mãe e da sua criança, apesar de todos os indícios médicos contra isso. Porém, no fim das contas, esta questão só pode ser resolvida entre o marido, a mulher e Deus. Qualquer casal encarando esta situação extremamente difícil deve orar ao Senhor pedindo sabedoria (Tiago 1.5) para saber o que Ele quer que eles façam.



3. Casos de deformação do feto – A lei já prevê este caso. Em primeiro lugar importa notar que Deus criou o homem com características tais que, mesmo em condições à primeira vista adversas, consegue sobreviver e adaptar-se. Por outro lado, quando essa vida e impossível, a morte vem por si própria. E mesmo que haja indícios seguros de que a criança venha a nascer deficiente, será esse um motivo para matá-lo? (João 9.1-3). A morte nunca será a resposta para a vida. Se a previdência está com problemas devemos matar os idosos?


4. Para evitar que mulheres pobres tenham mais filhos – a solução para isto está no planejamento familiar e não na morte de inocentes.


B. ALGUMAS OPERAÇÕES ABORTIVAS


1. Método Dilatação e Corte - método executado entre a 10ª e 12ª semana. O abortador introduz uma faca curvada e afiada através da vagina, de forma a cortar o corpo do bebê e a placenta. Por fim, raspa as paredes internas do útero. Um dos trabalhos a fazer depois é remontar o bebê, a fim de garantir que não ficou nada esquecido lá dentro do útero.
2. Aspiração - usado entre a 7ª e 12ª semana. O tubo de um aparelho de sucção (semelhante aos aspiradores caseiros) é introduzido através do colo do útero. O bebê é desmembrado e sugado para dentro de um frasco.
3. Envenenamento Por Solução Salina - é usado após as 13 semanas da gravidez. Com uma agulha longa e afiada, que passa através do abdômen, injeta-se uma solução concentrada de sal no líquido amniótico. O mecanismo que provoca a morte é um envenenamento agudo que provoca vaso-dilatação, edema, congestão, hemorragias, choque e morte. A solução também queima a pele, os pulmões, os olhos, e a criança, ao nascer parece ter sido bombardeada com napalm. A morte é lenta e dolorosa. O útero entra em trabalho de parto aproximadamente um dia mais tarde e expulsa o bebê. Um dos “problemas” deste método é que, por vezes, o bebê sobrevive.
4. Cesariana ou histerectomia - usa-se a partir do 7º mês. O bebê é tirado do útero para ser morto, não para ser salvo. Na histerectomia o útero e o feto são removidos e descartados em bloco.
Além destes métodos, existe hoje a possibilidade de provocar o aborto durante as primeiras semanas através de um fármaco (medicamento) especialmente receitado pelos médicos.
Os defensores do aborto alegam que a mulher tem o direito de decidir se vai ou não ter a criança? Tem a mulher direito de escolher? Com toda certeza, desde o momento em que a mulher tome essa decisão ou faça essa escolha no momento da relação sexual. Se a mãe teve participação voluntária numa relação sexual que resultou em gravidez, não exerceu sua liberdade de escolher e decidir?
Não existe algo assim como liberdade de decisão sem limites. A liberdade pessoal não pode violar os direitos de outra pessoa. Em outras palavras, você tem a liberdade de mexer o braço, mas essa liberdade termina onde começa o meu nariz. E o direito da mulher sobre seu corpo acaba onde começa o corpo do nenê. O fato de que esse nenê que ainda não nasceu não possa defender-se, não quer dizer que não tenha direitos. Se toda mulher tem o direito sobre seu corpo - Ninguém juridicamente tem direito sobre seu próprio corpo (suicídio, por exemplo, é crime!) e tampouco colocar em risco outras pessoas - que dizer dos fetos femininos que são abortados?
Infelizmente, o aborto é praticado geralmente por mulheres que tiveram relações sexuais de maneira irresponsável. É um fato que 70% das mulheres que recorrem ao aborto não são casadas.
O feto não é prolongamento do corpo da mãe. Se a criança não estivesse protegida pela placenta o corpo da mulher o expulsava! Segundo: não é o feto, mas a mãe, que é passiva e dependente. É o feto que faz cessar o ciclo da mãe. É ele que torna habitável o útero, desenvolvendo a cápsula protetora e o fluído amniótico. É o feto, em última instância, que determina a hora do parto, e não a mãe. Feto não é como uma unha, cabelos ou barba que podemos cortar, já que é um prolongamento do nosso corpo. O feto possui olhos, coração, impressão digital, etc., diferentes da mãe! E mais: um óvulo fecundado de um casal de negros transplantado para o útero de uma branca vai nascer negro e vice-versa. Outra evidência da independência do óvulo fecundado é chamada “barriga de aluguel”. Isso comprova a independência desse ser em gestação.
O bebê em formação não é um ser inerte, mas alguém que já luta para sobreviver. Pode-se ver isso no filme “O grito silencioso”, do Dr. Bernard Nathanson (procure no youtube). Um bebê de apenas 21 semanas agarra o dedo do médico durante uma cirurgia intra-uterina. O aborto, mesmo realizado numa clínica, deixa muitas seqüelas, tanto físicas como psicológicas. Nos EUA, onde o aborto é permitido, as mulheres têm enormes seqüelas, como perfuração do útero, sangramentos, doença inflamatória pélvica e possível infertilidade decorrente, embolia pulmonar, depressão, psicose e suicídio (nove vezes mais propensas a suicídio do que outras mulheres).
E se você já fez um aborto?
Para aquelas que fizeram um aborto – o pecado do aborto não é menos perdoável do que qualquer outro pecado. Através da fé em Cristo, todos e quaisquer pecados podem ser perdoados (João 3.16; Romanos 8.1; Colossenses 1.14; 1 João 1.7,9). Uma mulher que fez um aborto, ou um homem que encorajou um aborto, ou mesmo um médico que realizou um – todos podem ser perdoados pela fé em Cristo


Abortar é tirar a vida de uma criança em desenvolvimento. A vida de uma pessoa inicia-se na fecundação do óvulo. Ali é plantada a semente. No período de oito semanas, o não nascido é chamado de embrião. Após esse tempo, é conhecido por feto. Embrião ou feto são etapas da vida de uma criança. O sexto Mandamento proíbe o homicídio: "Não matarás". Assim é pecado abortar, seja para controlar a natalidade, seja para corrigir uma gravidez não desejada.



9. OS ENSINAMENTOS DE JESUS A CERCA DO CASAMENTO E DO ADULTÉRIO


Os ensinamentos de Jesus tinham ênfases diferentes das do Velho Testamento. Por exemplo, o Velho Testamento não apontava a infidelidade do marido como adultério contra sua esposa. Quando contestado pelos judeus, Jesus disse que Deus havia feito uma esposa para um homem; por isso mesmo não deveria haver divórcio (Marcos 10:2-9). Mais adiante ele diz que se um homem se divorcia de sua esposa e se casa novamente, ele "adultera contra aquela" (Marcos 10:11). Desta maneira, Deus fez o homem e a mulher iguais quando se diz respeito a adultério. Um marido infiel é tão adúltero quanto uma esposa infiel.


10. OS DEVERES DOS PAIS



“Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos.” Efésios 6:4
O bom relacionamento entre pais e filhos é fundamental para que a Palavra do Senhor seja inculcada em suas mentes. É preciso que laços de amizade profunda existam no relacionamento, e que sejam exemplos vivo de servos, homens e mulheres cheios do Espírito, tementes, praticantes da santa doutrina e irrepreensíveis em vossos caminhos. Jamais se deve esquecer, que o maior exemplo para os filhos estão dentro dos lares, são os próprios pais.
Os pais foram investidos pelo Senhor de compromisso muito sério, no que tange à criação e educação de filhos. Antes de tê-los é preciso analisar toda uma problemática que envolve uma criação segundo o coração de Deus; é inconcebível criar filhos para servir ao mundo. Infelizmente nos dias difíceis, nos quais vivemos a necessidade de manter o lar, certo status leva os pais a buscar trabalho, a conseqüência, filhos jogados nas mãos de babás e ou empregadas domésticas em sua grande maioria infiel ao Senhor, são portas abertas, e o diabo aproveita com grande astúcia, participando ativamente da formação moral e espiritual das crianças. Elas são jogadas diante de uma televisão, com programação infantil altamente espiritualizada e erótica.
Os resultados: Desobediência; falta de amor a Deus; respondões; dados aos costumes do mundo entre outros males.
Será que, uma casa bonita, móveis perfeitos, carro novo, vida social, dinheiro, etc. justificam a falta de cuidado espiritual para com os filhos? Deixá-los sob os cuidados das trevas? No tempo certo o Senhor há de cobrar dos pais a falta de zelo pelos pequeninos.
Analise esta condição imposta aos pais no passado e veja se o vosso agir é condigno
“Portanto, ame ao SENHOR, nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não as esquecerem; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões.” (Dt 6.5-9)
Os dias são maus, precisamos estar atentos a todos os aspectos; pois o diabo está ao redor esfomeado com um leão, a procura de alguma alma a ser tragada. Lute, para que vossos filhos não sejam destruídos pelo inimigo. Pague o preço por suas vidas!
A seguir, vejas algumas orientações colhidas da Santa Palavra, faça segundo a vontade de Deus.
(1) DEVERES PRINCIPAIS

A) “Ensinar a Palavra - Dt 6.7 “Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”.” mais: Dt 6.20; 21.19

B) Treinar - Pv 22.6 “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Mais: Is 38.19; Lm 2.19

C) Prover - 2Co 12.14 “... Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos.”

D) Criar - Ef 6.4 “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Mais: Cl 3.21

E) Controlar - 1Tm 3.4,12 “E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”

2) OUTROS DEVERES

A) Amar - Tt 2.4 “a fim de instruírem... a amarem ao marido e a seus filhos.”

B) Levá-los a Cristo - Mt 19.13,14 “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse.”

C) Treiná-los para Deus - Pv 22.6 “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Mais: Ef 6.4

D) Falar-lhes sobre os juízos de Deus - Jl 1.3 “Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.”

E) Falar-lhes sobre os grandes feitos de Deus - Sl 78.4 “Não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” Mais: Ex 10.2

F) Ordenar-lhes que obedeçam a Deus - Dt 32.46 “disse-lhes: Aplicai o coração a todas as palavras que, hoje, testifico entre vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei.” Mais: 1Cr 28.9

G) Abençoá-los - Gn 48.15 “E abençoou a José, dizendo: O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou durante a minha vida até este dia.” Mais: Hb 11.20

H) Apiedar-se - Sl 103.13 “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.”

I) Governá-los - 1Tm 3.4,12 “E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito.”

J) Corrigi-los – PV 23.13 “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.” Mais: Pv 13.24, 19.18, 29.17; Hb 12.7



L) Não Provocá-los - Ef 6.4 “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Mais: Cl 3.21
3) ORAÇÃO PELOS FILHOS



A) Por seu bem-estar espiritual - 1Cr 29.19 “E a Salomão, meu filho, dá coração íntegro para guardar os teus mandamentos, os teus testemunhos e os teus estatutos, fazendo tudo para edificar este palácio para o qual providenciei”.” Mais: Gn 17.18



B) Pela santificação –( Jó 1.5) “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.”

C) Quando enfermos - Mc 5.23 “E insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá.” Mais: Jo 4.46-49; 2Sm 12.16

D) Sempre - 1Ts 5.17 “Orai sem cessar.”


Irmãos amados, agindo segundo esta orientação do Senhor, com certeza os filhos serão cheios do Espírito Santo, servos úteis ao Senhor e saberão dizer não ao mundo e seus prazeres.


E verás o Senhor honrando a Sua palavra:
“Quando velhos não se desviarão...


11. O comportamento sexual moderno (1 Ts 4: 1-8)




Uma das causas da desintegração da família é, sem dúvida alguma, o atual comportamento sexual pregado pela mídia que, de maneira avassaladora, tem tomado conta dos lares nesta virada de século. É comum encontrarmos pais frustrados, filhos revoltados e famílias divididas por causa de problemas de natureza sexual. Quais as orientações que a Bíblia tem a dar sobre este assunto?


I - OS PARÂMETROS BÍBLICOS PARA O RELACIONAMENTO SEXUAL
Deus criou os seres humanos dotados de sexualidade. E estabeleceu o matrimônio para que, dentro dele, os casais pudessem cultivar as relações sexuais, Gn. 2: 24; Hb. 13: 4; I Co. 7: 1-5. Mas, a sociedade tem voltado as costas à Palavra de Deus e ao bom senso. Que problemas isso ocasiona?

1) O relacionamento sexual antes do casamento. Em nome de uma liberdade de consciência, jovens e adolescentes são convidados a praticar sexo sem temores. Contudo, esse envolvimento precoce pode trazer sérios problemas, porque é uma relação que sempre procura satisfazer o próprio prazer. Mas, onde ficam os sentimentos ternos, sem os quais as relações sexuais não têm sentido?


Relações pré-nupciais podem gerar sentimentos de culpa, insegurança, dificultando o relacionamento harmonioso do casal posteriormente.


O hábito da relação pré-marital torna mais difícil manter a fidelidade dentro do casamento. A pessoa que não se disciplinar na prática da continência anterior ao casamento, achará difícil conter-se sexualmente nas ocasiões em que tal atitude possa tornar-se necessária dentro do casamento, por causa de enfermidade, viagens, gravidez ou por outros motivos.


Não existe anticoncepcional absolutamente eficiente, e o casal que se envolve nesse tipo de relação sempre corre o risco de gerar filho. Isso sem contar que está exposto às doenças sexualmente transmissíveis.



2) O adultério. A infidelidade conjugal tem sido a causa da destruição de inúmeros lares, separação de casais, revolta de filhos, além de ser uma abominação ao Senhor, Pv. 7: 25-27; I Co. 6: 15-19. O adultério leva aquele que o pratica a um caos moral, espiritual e até financeiro. Vêm a vergonha, o abalo emocional e a angústia. Veja Pv. 5: 3, 4.



As conseqüências espirituais do adultério são a separação de Deus, Is. 59: 1; Sl. 66: 8; o desânimo, Sl. 51: 12; a aplicação da justiça de Deus, Hb. 13: 4. Se não houver sincero arrependimento e volta para Deus, virá, então, a condenação eterna, I Co. 6: 9.



II - DISTORÇÕES MORAIS EM UMA SOCIEDADE SEM DEUS



No texto de Rm. 1: 24-32, o apóstolo Paulo escreve acerca de desvios de comportamento. Nos vv. 26 e 27, menciona o homossexualismo que, em conjunto com os pecados citados nos vv 29 a 31, está sob a condenação divina.



A realidade da situação exposta pelo apóstolo é tão clara em nossos dias que existem segmentos da sociedade que aceitam a união civil entre homossexuais. E não poucas pessoas, até mesmo com o nome de cristãos, interpretando a Bíblia a seu bel-prazer, tentam justificar tais pecados.
Todavia, advertências seriíssimas são ignoradas, tais como, Lv. 18: 22; a história de Sodoma e Gomorra em Gn. 19: 1-38; e o próprio texto de Rm. 1: 24-32. Veja também o texto de 1Co. 7: 2.
Como lidar com essa situação?




• Entender que há cura para o homossexual mediante um tratamento sério, confissão sincera e arrependimento verdadeiro, 1Co. 6: 11; 1Jo. 1: 9



• Agir com o coração de Deus, que não ama o pecado, mas ama o pecador, restaurando-o.



• Reconhecer que o homossexualismo é apenas mais um dos inúmeros atos reprovados pela justiça divina. Pecados tais como a injustiça social, o roubo, as impurezas, a desonestidade, etc, estão relacionados na mesma condenação, 1Co. 6: 9-11.



• Procurar ajudar os que incorrerem em tais erros, através de aconselhamento, oração, levando-os a viver uma nova vida em Cristo Jesus, II Co. 5: 17.



III - A FAMÍLIA DEVE PRECAVER-SE


Como devem proceder os pais na orientação dos filhos?

a) A educação sexual. Os filhos precisam encontrar em seus pais a resposta para seus dilemas através de uma conversa franca;

b) O cultivo da vida espiritual. Nunca devem faltar no lar a oração, a comunhão, a leitura de bons livros, incentivo à participação aos cultos e, acima de tudo, a constante leitura da Bíblia, Sl. 119: 9;

c) Dizer “não” a tudo o que contraria as verdades de Deus, e não permitir que amigos que não conhecem a Bíblia doutrinem a família, Ef. 5: 11;



d) Fazer com que o lar seja um ambiente de felicidade e segurança, pois muitos filhos tentam compensar essa falta fazendo aquilo que é reprovável como uma expressão de revolta e rebeldia da sua parte.




12. A família e as finanças

1 Timóteo 6: 6-10
Estamos vivendo uma época em que as pessoas são convidadas a consumir, a comprar. Propagandas bem elaboradas, programas de crédito facilitado, novidades nas vitrines, etc, são um verdadeiro apelo a gastar. A fonte de muitos problemas enfrentados pelas famílias está no mau uso do dinheiro e no abuso do crediário.


Este estudo tem o objetivo de mostrar os males do amor ao dinheiro, e os benefícios que ele pode proporcionar se usado com sabedoria e moderação.



I - O AMOR AO DINHEIRO E SEUS MALES


Todos nós estamos cientes da importância do dinheiro para a sobrevivência da família. No entanto, o amor a ele é a raiz de todos os males, 1Tm 6: 10a. Jesus já falara do perigo do dinheiro tornar-se um deus na vida do homem, Mt. 6: 24. Ele quis dizer que a busca das riquezas poderia exigir uma dedicação tão grande, quanto Deus exigia de seus servos. Seria, portanto, impossível servir aos dois, ao mesmo tempo.
Esse fato foi exemplificado por Jesus quando Ele encontrou-se com o jovem rico, Mt. 19:16-22. Não que a riqueza em si fosse de todo má, mas o coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui num obstáculo para seguir a Jesus. Quando o dinheiro se torna um deus na vida do homem, tal pessoa é capaz de usar até meios ilícitos para obtê-lo ou usá-lo. Veja como agem alguns:


· há pessoas que mentem e enganam com a finalidade de obter lucros e vantagens pessoais, Pv. 21: 06;


· outros exploram os semelhantes em benefício próprio, Jr. 22: 13; Tg. 5: 4;


· muitos praticam o suborno, Is. 1: 23; Am. 5: 12;


· isso além dos roubos, assassinatos, assaltos e tantos outros crimes que


visam a subtrair bens ou dinheiro de pessoas ou instituições.
Essas práticas não resolvem o problema de ninguém porque o resultado desse lucro desonesto são as dificuldades no lar, Pv. 15: 27; o desapontamento, Ec. 5: 10; insensatez, Jr. 17: 11; miséria, Tg. 5: 3 e apostasia, I Tm. 6: 10.



II - O DINHEIRO PODE SER BÊNÇÃO


Talvez a palavra dinheiro e o verbo comprar sejam os mais usados nos lares. Entretanto, a má atitude de algum membro da família com relação ao dinheiro pode prejudicar a todos. Mas, se houver bom ensinamento e boa administração financeira, certamente o dinheiro será bênção.



a) É necessário união e compreensão entre os membros da família. Se todos tiverem afeição e confiança entre si, se houver altruísmo, tolerância e respeito como base para seu relacionamento, a família conseguirá superar seus problemas financeiros. É preciso que todos saibam fazer a diferença entre aquilo que é necessário e o que é supérfluo, I Tm. 6: 8, cooperando-se mutuamente.



b) Deve-se ter uma atitude equilibrada com relação ao dinheiro. Ele não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado, não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe se esforce e que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a devida importância ao dinheiro.


c) Determinação de viver dentro dos rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras.


III - AS FINANÇAS E A COMPLETA DEPENDÊNCIA DE DEUS
No Salmo 73, está a experiência de um homem chamado Asafe. Ele começou a observar que os ímpios eram prósperos, sadios e aparentemente felizes, vv. 3-12, enquanto que ele, que procurava servir a Deus, era afligido a cada manhã. Mas, chegou à conclusão de que o mais importante era estar junto de Deus, v.
28. Tanto nesse texto, quanto no Salmo 127, percebemos a importância e a necessidade de dependermos de Deus para o nosso equilíbrio financeiro.


a) É Deus quem nos dá o trabalho e provê os meios necessários para suprirmos nossas necessidades, Tg. 1: 17. Os filhos precisam aprender a valorizar o trabalho e aquilo que é fruto dele.


b) É melhor o pouco, no temor do Senhor, Pv. 15: 16. Há pais que, na intenção de ganhar mais, sacrificam sua união conjugal e isso causa graves prejuízos ao seu lar. Idolatram o emprego e deixam de lado até mesmo o tempo que seria para enriquecer o convívio familiar.



c) Há promessas de prosperidade àqueles que honram ao Senhor com suas finanças, Pv. 3: 9-10; Ml. 3: 8-10; Lc. 6: 38. Honrar ao Senhor com dízimos e ofertas é uma questão de fé e obediência e, quando o lar prioriza a contribuição ao Senhor, Ele abre as janelas dos céus sobre seus servos. A nossa contribuição ao Senhor é uma expressão de gratidão e alegria de nossa parte.


e) Devemos ter sabedoria para gastarmos os recursos que Deus nos dá, Is. 55: 2. Precisamos da orientação divina sobre como, onde e quando gastar o nosso dinheiro. Não podemos esbanjar as nossas finanças sem direção, aplicando-as em coisas desnecessárias.


13. O Papel da Esposa


Leitura: Ef 5.22-33


Posição bíblica da esposa regenerada – auxiliadora, ajudadora (Gn 2.18). O fato de ser mulher não lhe faz um tipo de cristão diferente, mas o fato de ser cristã lhe faz uma mulher diferente.
TIPOS DE ESPOSA

• Resignada – se conforma com tudo, já casou.

• Nervosa – agitada, preocupada, ansiosa.

• Malcriada – grita, responde, ameaça.

• Opiniosa – voluntariosa, iracunda, emburrada.

• Punidora – vingativa, pune o marido até no sexo.

• Fofoqueira – fala mal de todo mundo, leva e trás.

• Irresponsável – imatura, não assume responsabilidade

• Perdulária – sem moderação, gasta sem poder; enganadora.

• Ciumenta – complexada, insegura.

• Reclamadora – murmuradora injusta.

• Relaxada – não cuida da aparência, nem da casa.

• Preguiçosa – dorme demais, sempre cansada.



• Dominadora – autoritária, controla o marido.


• Ideal – amorosa, carinhosa, trabalhadora, previdente, econômica, obediente, fiel, ajudadora, prudente, piedosa.


É difícil encontrar uma mulher virtuosa (Pv 31.10)
VIRTUOSA: Qualidades excelentes: espirituais (cheia do Espírito)
Morais (caráter burilado) - Pv 12.4
Sociais (vida em grupo, relacionamento)
Funcionais (desempenha no trabalho faz tudo com capricho)
Domésticas (apaziguadora não contenciosa).


A. DEVERES DA ESPOSA REGENERADA


• Submissão (Ef 5.22,24; Cl 3 18; 1 Pe 3.1; Tt 2.5)

• Testemunho de disciplina (1 Pe 3.2)

• Obediência (1 Pe 3. 6)

• Respeitar, reverenciar o marido (Ef 5.33)

• Edificar o lar (Pv 14.1). Material usado para edificar: Amor (1 Co 8.1); Sabedoria (Pv 24.3).

• Ser prudente (Tt 2.4)

• Amar o marido (Tt 2.4)

• Ser moderada (Tt 2. 5)

• Pura casta (Tt 2.5)

• Boa dona-de-casa (Tt 2.5)

• Agradar ao marido (1 Co 7.34)

• Abençoar o marido verbalmente (Mc 11.25)

• Ter espírito manso (1 Pe 3.4)

• Falar com doçura (Ct 4.3; Pv 16.22)

• Cuidar da roupa do marido regando com oração (1 Ts 5.17)

• Guardar a sua vinha – família (Ct 1.6)


Ao estabelecer a família Deus estabelece diferentes funções para o homem e a mulher.


Uma senhora crente foi entrevistada na televisão, a entrevistadora perguntou: Quem é que manda em sua casa? Ela respondeu: Meu marido. A comentarista continuou, e quem decidiu? Ela respondeu: Eu. Fui eu quem decidiu quem seria o chefe lá em casa. Ele é “o cabeça” da nossa família.



O que significa submeter-se? Significa colocar-se sob a autoridade de alguém (não implica na inferioridade do que se sujeita e nem na superioridade do que esta em autoridade – TRATA-SE DE FUNÇOES E NÃO DE PODER). Sujeitar–se, essa passagem sugere que a submissão é dar-se incondicionalmente para completar o outro, sacrificar-se para fazer com que o relacionamento entre ambos seja saudável. O papel da esposa é apoiar, ajudar e submeter-se ao marido no desempenho dessa missão (guiar a família a Deus é papel do marido).
Conceitos errados sobre a submissão da mulher:


1) Não é ser escrava, mas sim, ser livre e com inteligência;


2) Não é perda de opinião. A esposa continua com sua própria opinião formada, ela não muda o que muda é a forma de agir. Com prudência, humildade e sabedoria;


3) Não é sentir-se inferior, mas saber se colocar no momento e ocasião certa, sem atropelos.
Razões para submeter-se:


• Paulo diz que a esposa deve sujeitar-se ao marido como ao Senhor. Foi o Senhor quem determinou assim e por amor e reverência a Ele, a esposa deve acatar seus mandamentos. Ele está sempre presente no relacionamento e tudo observa, se a esposa não for uma fiel discípula de Jesus, cultivando uma vida cheia do Espírito e em comunhão com Deus ela terá sérias dificuldades em submeter-se ao marido.


• Testemunho: A esposa crente que se submete ao marido é diferente das esposas que não temem nem amam ao Senhor. Essa diferença poderá ser a porta para um testemunho evangelístico, ela poderá dizer que essa submissão ao marido é por causa do seu Senhor e daí prosseguirem testemunhando do poder e amor de Cristo.


Certa vez uma mulher disse ao pastor de sua igreja: Meu marido é terrível, autoritário e mandão. Ele respondeu: Minha irmã, o casamento é como uma escada. O seu marido esta um degrau acima de você e você um degrau abaixo.

Se você quer ficar no lugar dele então ele sobe mais um degrau. Toda vez que você quiser tomar a posição do seu marido, ele sobe mais um degrau, e vai ficando pior para assegurar sua própria posição, talvez você tenhas sido a causadora da sua própria infelicidade.


Algumas características da submissão:


1) É parte da natureza feminina (Gn 2.18): “… far-lhe-ei uma adjuntora”. Quem ajuda não é o chefe, mas sim, o auxiliar;


2) É caracterizada por um bom comportamento (1 Pe 3.1): deve ganhar o marido sem palavra, pelo procedimento, ou seja, pelo comportamento;


3) É o modo pela qual Deus pode trabalhar na vida do marido (PV 31.12): “Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias de sua vida”.


Como todo mandamento de Deus a submissão nos traz também a benção de Deus.


• Uma mulher submissa tem de seu esposo a PROTEÇÃO E SEGURANÇA;


• Através da submissão ela alcança realização pessoal, apesar de parecer contraditório;


• Ela leva a uma deliciosa HARMONIA NO LAR.


• Quando se é submissa, torna-se exemplo para as mais novas e para o mundo.


• Transforma-se em verdadeiro exemplo como mãe e esposa aos filhos (as), lembrando que os filhos reproduzirão o que os pais são hoje.


A Esposa é uma Auxiliadora Idônea (Gn 2.18)


Significa uma mulher que esteja ao lado do esposo; não é abaixo nem acima, é ao lado. Para que isso se torne uma realidade, é necessário que haja uma dose de desprendimento, carinho, renúncia e acima de tudo MUITO AMOR.

1. Auxiliadora no sentido afetivo. Ela é a mulher de um só homem, o seu marido, a quem se entrega com amor e inteireza de coração.

2. Auxiliadora no sentido social. Como tal, ela contribui no sentido de conservar a imagem do seu marido como um homem de bem diante da igreja e da sociedade, das quais são inseparáveis.

3. Auxiliadora no sentido profissional. Quando as coisas vão mal à área profissional todo marido espera encontrar apoio na esposa, que lhe falta por parte dos amigos. Deste modo o apoio da esposa é de singular importância; pois, ela pode levar o marido a superar as crises de maneira positiva.

4. Auxiliadora no sentido espiritual. Quando o marido se sente cansado e ofegante na caminhada, a esposa por sua vez deverá agir como o “bom samaritano”. O auxilio espiritual da mulher cristã pode e deve oferecer ao seu marido, é tal qual um investimento cujo retorno se dará sem demora.


B. OS DEZ MANDAMENTOS PARA A ESPOSA

I. AMARÁ O SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, E A TEU MARIDO SOMENTE UM POUQUINHO A MENOS DO QUE AMAS A DEUS. - Dt 6.5

II. ALEGREMENTE TE SUBMETERÁS A TEU MARIDO, TUA CABEÇA, COMO AO SENHOR. - Ef 5.22

III. GUARDARÁS TUA LÍNGUA COM TODA DILIGÊNCIA, TENDO O CUIDADO DE ABENÇOAR TEU MARIDO, VERBALMENTE, PELO MENOS UMA VEZ POR DIA E NUNCA DISCUTIR ABERTAMENTE DETALHES ÍNTIMOS DO RELACIONAMENTO AMOROSO – Pv 31.26, 11.16

IV. CONSERVARÁS UM CORAÇÃO ALEGRE EM TUDO QUE TIVERES DE FAZER DURANTE O DIA – Pv 17.22

V. AFASTARÁS DE TI UMA NATUREZA CIUMENTA OU EGOÍSTA - Pv 6.34

VI. PREFERIRÁS TEU MARIDO A QUALQUER OUTRO (nunca comparando diminutivamente a outros homens) E SINCERAMENTE O ADMIRARÁS E REVERENCIARÁS – EF 5.33

VII. DILIGENTEMENTE MANTERÁS O TEU LAR E A TI MESMAS ATRAENTES, LEMBRANDO QUE NÃO DEVES SOMENTE GANHAR O AMOR DO TEU MARIDO, MAS TAMBÉM CONSERVÁ-LO – Pv 31.27

VIII. DARÁS VALOR ÀS TUAS VIRTUDES FEMININAS MAIS DO QUE A PRÓPRIA VIDA – Pv 12.4

IX. INSPIRARÁS A TEUS FILHOS UM AMOR, RESPEITO E REVERÊNCIA A SEU PAI – Pv 22.6

X. NÃO SERÁS RABUGENTA – Pv 25.24.



14.O Papel do Esposo


Leitura: Ef. 5.22-33.

Deus estabeleceu papéis diferentes para os membros da família. Esposos e esposas têm seus deveres e direitos. Ser bem casado é uma bênção. A esposa é considerada um bem, na Bíblia (Pv 18.22). A esposa prudente vem do Senhor (Pv 19.14). Agradeça a Deus por ela!

Posição bíblica do marido – Liderança (Ef 5.23,1Co.11.3).

O significado da palavra “cabeça” significa degrau, ordem, classe, posição. E esta é a ordem de Deus para com a família. Isto não significa a superioridade do homem sobre a mulher, porque Deus e Cristo são iguais, mas com diferentes papéis, ou seja, responsabilidades distintas. O pai tem uma posição mais alta do que o filho.


A. TIPOS DE LIDERANÇA EXERCIDA POR MARIDOS


1. Ditador – cruel, tirano, é quem manda.

2. Democrático – pondera mais não decide, faz votação.

3. Teimoso – é perfeito, nunca admite quando erra.


4. Insensível – indiferente, mau, torturador.

5. Agente Secreto – governa sem que haja qualquer tipo de comunicação; magoa com o silêncio.

6. Bomba Relógio – a família nunca sabe quando vai explodir; grita, ameaça, escandaliza.

7. Crítico – só acha motivo para criticar; elogiar nunca.

8. Negligente – é gastador, não leva a família a sério.

9. Indeciso – não toma decisão, se a esposa toma se aborrece.


10. Hipócrita – fala bem da mulher só na frente dos outros, em casa a maltrata.


11. Ciumento – desconfiado, inseguro.


12. Desequilibrado – ora negligente, ora ditador (vive nos extremos).


13. Preguiçoso – é galã, sustentado pela mulher.


14. Ideal – amoroso, provedor, protetor, piedoso, previdente, fiel, trabalhador, gentil, cavalheiro, firme nas atitudes.
Para liderar na Casa de Deus precisa liderar na família (1Tm. 3.2-5).

B. DEVERES DO MARIDO REGENERADO


• Amar a esposa (Ef.5.25 a 29; Cl. 3.19)
Como amar: perdoando, sem criticá-la, sem humilhá-la, sem envergonhá-la, sem jogar os defeitos em rosto, declarando amor com palavras e atitudes; como Cristo trata o homem, o homem deve tratar a sua esposa.

PORQUE AMAR: Porque ama a si mesmo (Ef 5.28)

Porque são irmãos em Cristo (Ef 5.30)

Porque os dois são uma só carne (Ef 5.31)

Porque Deus os ajuntou ( Mt 19.6)

• Dar felicidade (Dt.24.5)

• Dar lazer a esposa (Jo 10.23 ; Ct. 7,11,12).

• Estar juntos sempre que possível (Gn 2.18; Mc 10.8)

• Dar mesada (ofertas).

• Elogiar (Pv 31.28,29).

• Honrar a esposa (1 Pe 3.7) coabitar = compreender, conhecer, conviver juntamente.

• Tomar cuidado com as palavras (Gn 31.32, 35; 35.19). Falar sempre a verdade (Cl 3.9)

• Abençoar sua casa (2 Sm. 6.20).

• Ter tempo para a esposa (Ec 3.1).

• Colaborar nas tarefas do lar (Is 41.6)

• Orar juntos (Mt 18.19)

• Despedir-se sempre com um beijo, um gesto de ternura. Pode ser a última despedida.



• Suportar as dificuldades; Cuidar como se estivesse cuidando de si próprio (Ef 5.28-30; 1 Tm 5.8).
PRIORIDADES DO MARIDO
Ser presente no lar
Filhos antes dos amigos
Amar pessoas antes de coisas
Esposa antes de si mesmo
O lar antes da profissão
Coisas espirituais antes de coisas materiais
A esposa antes dos filhos
A esposa antes da mãe (Gn 2.24).
Família antes da igreja


Falta de amor e de honra fazem uma esposa definhar, causa doenças emocionais (1 Co 7.3,4).
Ao liderar é importante que o marido saiba:


• Amar – saber demonstrar amor não significa fraqueza, muito pelo contrário. Na liderança regada de amor, as oposições são quebradas;


• Estabilizar as Emoções – se o descontrole partir de quem está à frente da família, os liderados sentirão angústia e insegurança, não conseguindo assim estabelecer um vínculo de harmonia;


• Ser Sacerdote – ao homem cabe a liderança espiritual da casa, portanto, para que isto aconteça efetivamente é necessário um comprometimento dele com Deus e a sua Palavra, além de uma coerência entre o seu falar e o seu agir.


• Ser o Provedor Financeiro – apesar de hoje ser comum a mulher dividir esta tarefa, seria conveniente que esta provisão ficasse a cargo do marido. Mas há de se ter muito cuidado para não gerar um descontrole na vida financeira do casal.


O esposo tem autoridade delegada por Deus.
O que autoridade não é:



a) Não é ditadura. Muitos homens há que interpretam erradamente (Ef 5:23) para justificar atitudes e comportamento autoritários no casamento. Gritam, mandam, exigem obediência com tamanha imposição, capaz de ser olhado com medo e não com amor, pela esposa e pelos filhos.


b) Não é garantia de respeito automático. É verdade que foi Deus quem determinou tivesse o marido autoridade no lar. Exercê-la, entretanto, requer sabedoria, ou a família lhe negará o devido respeito. Respeito gera respeito.
c) Não é individualismo. Autoridade não quer dizer que o marido tem de tomar todas as suas decisões sozinhas. Embora chefia envolva autoridade, isto não implica que a esposa deva ser alijada sob a alegação de que ela é incapaz de decidir ou de influenciar o marido nas suas decisões.
O que é autoridade
a) É responsabilidade. Ser o cabeça do lar é mais do que uma questão de simples autoridade, é uma questão de responsabilidade. Uma vez que Deus criou Eva ajudadora de Adão, este como “cabeça” da família é responsável perante Deus.



b) É liderança. Liderança requerida em todos os momentos da vida conjugal. É claro que o marido precisa ser comedido ao exercê-la, não ser irritado, autoritário, mas, evidenciando humildade e constante submissão a Jesus Cristo, o Senhor da sua vida e do seu lar.



c) É exemplo. A autoridade está baseada num paradoxo: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”.(Mc. 9;35). Jesus mostrou este princípio lavando os pés aos discípulos. É um ato que tipifica o modo certo de exercer autoridade, isto é, ela não se fundamenta em orgulho, prepotência, ou autoconfiança, mas em humildade.

C. OS DEZ MANDAMENTOS PARA O MARIDO

1. AMARÁ AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, E À TUA MULHER COMO CRISTO AMOU A IGREJA. – Dt 6.5, Ef 5.25.

2. ALEGREMENTE CUMPRIRÁS O TEU DEVER DE PROVEDOR DO LAR, TRABALHANDO E COM O SUOR DO TEU ROSTO COMERÁS O TEU PÃO. – Gn 3.19.

3. PROTEGERÁS A TUA MULHER COM TODAS AS TUAS FORÇAS, TUDO FAZENDO PELO SEU BEM-ESTAR E SEGURANÇA. – Lc 12

4. DARÁS HONRA A TUA MULHER COMO VASO MAIS FRACO, COABITANDO COM ELA COM ENTENDIMENTO. – 1 Pe 3.7

5. VIGIARÁS CONSTANTEMENTE PARA NÃO DESEJARES A MULHER DO TEU PRÓXIMO.


6. NÃO DARÁS LUGAR AO CIÚME EM TUA MENTE, PROCURANDO SER PURO EM TODAS AS COISAS. – Tt 1.15


7. MANTERÁS SEMPRE O TEU BOM HUMOR E NÃO TE IRRITARÁS COM TUA MULHER. – Cl 3.19


8. PROCURARÁS TER TEMPO PARA CONVERSAR COM TUA MULHER, SABENDO QUE ELA TEM NECESSIDADE DE EXPRESSAR O QUE LHE VAI À ALMA. – Ec 3.1


9. NÃO MENTIRÁS A TUA MULHER, NEM FARÁS QUALQUER NEGÓCIO SEM QUE ELA PARTICIPE, PROCURANDO COMBINAR COM ELA E OUVIR SUA OPINIÃO, COMO A AUXILIADORA. – Zc 8.16
10. NÃO SERÁS AVARENTO (PÃO DURO). – Ef 5.5.



CONCLUSÃO
Antes de começar um namoro o jovem ou a jovem devam atentar para os dez mandamentos que deve nortear o relacionamento; porque ficar, não é próprio de um cidadão que quer ser santo e morar nos céus. Devemos sempre praticar a moralidade sexual, pois apesar de Deus permitir o divórcio, este só ocorreu entre os Judeus por causa da dureza dos corações.


Os jovens devam pensar muito antes de praticar a fornicação, pois dentre todos os crimes, o aborto é o maior deles. Cabe aos pais ensinar aos filhos o caminho que devam andar para então não se arrepender.



Nos dias hodiernos os veículos de comunicação de massa estão ensinando abertamente que o sexo não deva ser proibido desde que se usem os preservativos não importando as conseqüências espirituais.


Cabe aos pais policiar, os filhos. As finanças e manter um relacionamento conjugal irrepreensível para que não sejam impedidas as suas orações.


Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus.